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Pivô de escândalo, "Rasputina" sul-coreana alega inocência

Amiga da presidente da Coreia do Sul saiu do escritório do procurador gritando que foi induzida a confessar ao ser convocada à força para um interrogatório

Choi Soon-sil: amiga da presidente se recusou a cumprir várias intimações e teve de ser levada ao procurador (Korea Pool/Reuters)
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Reuters

Publicado em 25 de janeiro de 2017 às 09h53.

Seul - A mulher no centro de um escândalo de corrupção que abalou a Coreia do Sul alegou inocência e se mostrou revoltada, gritando que foi induzida a confessar ao ser convocada à força para um interrogatório.

Choi Soon-sil, que foi indiciada por se envolver em assuntos de Estado por meio de sua amizade com a presidente coreana Park Geun-hye, que sofreu impeachment, fez seu protesto no escritório do procurador especial antes de ser conduzida para dentro de um elevador por agentes correcionais.

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As cenas dramáticas ocorreram no momento em que o juiz-chefe da Corte Constitucional, que está deixando o cargo, fez um apelo pela finalização do julgamento de Park até 13 de março, quando a aposentadoria de outro juiz irá reduzir o número de magistrados no tribunal de nove para sete, o que pode incitar questionamentos sobre o veredicto.

Seus comentários foram a indicação mais clara sobre a urgência de uma decisão sobre Park, seja para removê-la do cargo de presidente para se convocar uma eleição 60 dias depois ou para restituí-la à função.

Park foi afastada em meio a um escândalo de tráfico de influência que abalou seu governo nos últimos meses. Se o impeachment for mantido, ela irá se tornar a primeira líder eleita democraticamente a ser retirada do posto no país.

Choi foi conduzida ao escritório do procurador especial graças a um mandado de prisão, depois de se recusar a responder a várias intimações.

"Estou sendo forçada a confessar ter cometido crimes conjuntamente com a presidente", gritou ela aos repórteres. "Não mereço ser tratada assim. E meu bebê e meu neto", disse enquanto seguranças a empurravam para dentro de um elevador.

O escritório do procurador especial rejeitou seus protestos.

"Independentemente de suas alegações infundadas, o procurador especial irá conduzir a investigação minuciosamente segundo a lei e os princípios", disse o porta-voz Lee Kyu-chul durante um boletim à imprensa, acrescentando que Choi estava tentando desacreditar o inquérito.

Como parte da investigação, procuradores estão analisando o patrocínio do grupo Samsung à carreira hípica da filha de Choi, Chung Yoo-ra, de 20 anos, que estava sendo procurada pelas autoridades sul-coreanas e foi presa na Dinamarca.

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