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Pistorius deu dinheiro à família da namorada, diz testemunha

Assistente social ligada à defesa do atleta disse que Pistorius ajudou financeiramente a família de namorada após assassinato

Oscar Pistorius: atleta foi declarado culpado de homicídio culposo por matar namorada (Stephane de Sakutin/AFP)
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Da Redação

Publicado em 14 de outubro de 2014 às 09h55.

Pretória - Uma assistente social ligada à defesa de Oscar Pistorius afirmou nesta terça-feira que o atleta, declarado culpado de homicídio culposo - quando não há a intenção de matar - por assassinar a tiros a namorada, ajudou financeiramente a família da vítima após o crime .

Os parentes da modelo Reeva Steenkamp, presentes no tribunal, negaram com gestos as palavras de Anette Vergeer, que afirmou que Pistorius ofereceu dinheiro mensalmente à família, que segundo a imprensa local passa por problemas econômicos.

Esse foi o segundo dia de audiência oral sobre a sentença de Pistorius no Tribunal Superior de Pretória, onde a juíza Thokozile Masipa decidirá a pena do atleta após escutar os argumentos da defesa e da Promotoria.

A assistente social sugeriu que Pistorius não fosse encaminhado a um presídio, mas que seja condenado à prisão domiciliar sob supervisão das autoridades penitenciárias, além da realização de trabalhos comunitários.

Vergeer justificou a proposta perante a falta de infraestrutura nas prisões sul-africanas para portadores de deficiência física como Pistorius, que tem as duas pernas amputadas desde os onze meses de idade devido a um problema genético.

Também mencionou como motivos a "vulnerabilidade", o "estresse" e a "ansiedade" do corredor, assim como a superlotação das prisões do país que, segundo sua opinião, não serviriam ao propósito de "reabilitar" o condenado, apenas "deteriorariam" o estado de "um homem destruído".

Sentados em um dos bancos do tribunal, os parentes de Reeva Steenkamp choraram ao ouvir a declaração de Vergeer, a último testemunha da defesa a argumentar sobre a sentença.

Segunda-feira testemunharam outro assistente social - que também recomendou a prisão domiciliar para Pistorius - e o agente do atleta, Peet van Zyl, que citou a longa lista de projetos sociais que o atleta durante a carreira.

Oscar Pistorius matou Steenkamp a tiros através da porta do banheiro na madrugada do dia 14 de fevereiro de 2013. A juíza aceitou a versão do atleta, que afirmou ter disparado ao confundir a namorada com um intruso, e considerou que o acusado não podia prever a morte da pessoa, que se encontrava no vaso sanitário.

A decisão evitou que Pistorius fosse condenado por homicídio doloso, mas a juíza sentenciou que o velocista atuou com negligência ao disparar contra a ameaça percebida.

As possíveis penas para o atleta pelo crime vão desde uma sentença suspensa, o que o deixaria em liberdade, a uma condenação máxima de 15 anos de prisão.

São Paulo - Nesta quinta-feira, a Nike anunciou em comunicado oficial a suspensão do seu contrato de patrocínio com o atleta olímpico e paralímpico Oscar Pistorius, acusado de matar a namorada a tiros. Patrocinadora do sul-africano desde 2007, a empresa está sendo lembrada novamente de que associar a reputação de sua companhia ao nome de estrelas é um negócio arriscado. Não é que não haja exemplos entre as marcas - a Nike também era apoiadora de outros nomes envolvidos em escândalos recentes, como Lance Armstrong e Tiger Woods. Confira esses e outros casos de apoio a atletas que acabaram criando ricochetes na publicidade .
  • 2. Oscar Pistorius

    2 /10(Siphiwe Sibeko/Reuters)

  • Veja também

    A marca de material esportivo Nike e o fabricante de óculos Oakley romperam vínculos com o atleta, que é acusado de ter assassinado a tiros sua namorada, a modelo Reeva Steenkamp. Só através da Nike, o atleta receberia quase dois milhões de dólares por ano pelo contrato. Um anúncio da marca comparando o corredor a uma bala de revolver foi retirado do ar logo depois do crime.
  • 3. Lance Armstrong

    3 /10(Spencer Platt/Getty Images)

  • O (antes) maior ciclista do mundo teve sua imagem de atleta destruída pelo uso do doping no fim do ano passado. O esportista foi banido eternamente e desclassificado de todos seus resultados obtidos desde agosto de 1998 por causa do uso e distribuição de substâncias proibidas. A Nike, a gigante de cervejas AB-Imbev, a Oakley e a Trek, fabricante das bicicletas usadas pelo ciclista, retiraram seus apoios.
  • 4. Tiger Woods

    4 /10(Getty Images)

    Quando a vida pessoal do golfista saiu do controle, Gatorade, AT&T, Accenture e a marca de relógios Tag Heuer cortaram laços com o atleta. No auge da carreira e apontado como um dos melhores golfistas de todos os tempos, Woods foi o protagonista de um escândalo sexual que envolveu numerosas amantes e rendeu desculpas públicas.
  • 5. Magic Johnson

    5 /10(Getty Images)

    Um dos maiores atletas dos anos 90 perdeu o apoio da Pepsi e da Converse logo após o anúncio de que havia contraído o vírus do HIV em 1991. Considerado o maior armador da história da NBA, o jogador de basquete se aposentou logo dapós o diagnóstico e tornou-se um conhecido porta-voz no combate à AIDS até os dias de hoje.
  • 6. O.J. Simpson

    6 /10(Getty Images)

    O ex-jogador de futebol americano foi pivô de um dos julgamentos mais famosos da década de noventa. Em 1994, ele foi acusado do assassinato de sua ex-mulher Nicole Brown e de seu amigo Ronald Goldman. Simpson foi absolvido após um longo julgamento, que recebeu grande destaque na mídia, e custou-lhe o patrocínio da Hertz.
  • 7. Wayne Rooney

    7 /10(Getty Images)

    Depois de ser flagrado traindo sua mulher (grávida na época) com prostitutas, o artilheiro do Manchester United perdeu os patrocínios da Coca-Cola e da Tiger Beer. Foi em 2010. Apenas com a Tiger, estima-se que o apoio rendia ao jogador 300 mil libras anuais.
  • 8. Kobe Bryant

    8 /10(Getty Images)

    O jogador de basquete dos Lakers, nos Estados, foi acusado de assédio sexual em 2003 pela funcionária de um hotel do Colorado. O atleta admitiu ser adúltero, mas não assumiu o crime, que foi retirado mais tarde - mas lhe custou um patrocínio do McDonald’s.
  • 9. Michael Vick

    9 /10(Wikimedia Commons)

    O jogador de futebol americano não apenas perdeu o patrocínio da Nike e da Rawling, como também foi preso. O crime: organizar rinhas de cachorros. O caso explodiu em 2007, quando descobriu-se que o atleta do Atlanta Falcons promovia brigas entre pitbulls num ringue.
  • 10. Ben Johnson

    10 /10

    O ex-velocista canadense era considerado o homem mais rápido do mundo na década de 80. Mas viu todo o brilho da fama se esvair, e perdeu sua medalha de ouro das Olimpíadas de 1988. O motivo? Foi pego no teste de esteróides durante os Jogos Olímpicos daquele ano. O passo seguinte foi perder 2,8 milhões de dólares via contrato com a marca de artigos esportivos Diadora.
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