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Pior seca em 16 anos ameaça alimentos na Coreia do Norte

O volume de chuvas em áreas-chave de produção no país caiu bem abaixo da média de longo prazo entre abril e junho e culturas básicas foram afetadas

Coreia do Norte: será preciso importações de alimentos e ajuda alimentar ou comercial durante os próximos três meses para garantir o abastecimento alimentar adequado (./Getty Images)
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Reuters

Publicado em 20 de julho de 2017 às 15h01.

Londres - A Coreia do Norte está enfrentando uma grave escassez de alimentos devido à pior seca desde 2001, com a necessidade de importações de alimentos para garantir que as crianças e os idosos não passem fome, disse na quinta-feira a agência de alimentação da ONU.

A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) disse que o volume de chuvas em áreas-chave de produção caiu bem abaixo da média de longo prazo entre abril e junho e culturas básicas foram afetadas, incluindo arroz, milho, batata e soja.

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Isso prejudicou a plantação e a principal safra de 2017, segundo relatório preparado pela FAO em conjunto com a Comissão Europeia.

O relatório informa que será preciso importações de alimentos e ajuda alimentar ou comercial durante os próximos três meses para garantir o abastecimento alimentar adequado para os mais vulneráveis, incluindo crianças e idosos.

Vincent Martin, representante da FAO na China e na Coreia do Norte, disse que havia expectativa de forte impacto da seca na cidade de Nampo e nas províncias que respondem por quase dois terços da principal safra.

"Intervenções imediatas são necessárias", disse Martin em um comunicado. "É fundamental agora que os agricultores recebam assistência agrícola adequada e oportuna incluindo equipamento de irrigação."

A FAO estimou que a produção da safra inicial despencou 30 por cento em comparação com o ano anterior a que a situação vai piorar.

A Coreia do Norte sofreu uma fome devastadora na década de 1990 e tem contado com ajuda internacional para alimentar muitos de seus 25 milhões de habitantes, mas o apoio caiu acentuadamente nos últimos anos.

Isso ocorreu pela relutância do governo em permitir o monitoramento da distribuição de alimentos e em parte devido a sanções implementadas para punir a Coreia do Norte sobre seu programa de desenvolvimento de armamentos.

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