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Pilotos consultavam manual do Boeing 737 MAX no momento da queda

Aeronave da Lion Air caiu em outubro de 2018, matando 181 pessoas. Investigações sugerem que pilotos tiveram dificuldades com sistema do Boeing

Partes do avião Lion Air JT610 são encontradas no mar próximo a Indonésia (Beawiharta/Reuters)

Gabriela Ruic

Publicado em 21 de março de 2019 às 11h45.

Última atualização em 21 de março de 2019 às 13h08.

São Paulo – Piloto e copiloto do voo da Lion Air que caiu na Indonésia estavam checando o manual da aeronave, um Boeing 737 MAX , no momento da queda. Ao menos 181 pessoas morreram no acidente ocorrido em outubro de 2018.

A informação é do jornal britânico The Guardian, que teve acesso aos autos da investigação sobre as causas desse acidente . Segundo a publicação, a revelação é fruto da análise dos registros de voz na cabine.

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Nela, o piloto pedia ao copiloto que pegasse o manual da aeronave para que eles pudessem entender como recuperar o controle minutos depois da decolagem.

O voo JT610 decolou do aeroporto de Jacarta às 06h20 (horário local) do dia 29 de outubro de 2018 e caiu no Mar de Java apenas doze minutos depois. Em seguida, veio à tona que o sistema de controle de voo do Boeing 737 Max apresentara problemas em voos anteriores.

Nesta semana, inclusive, foi revelado que a tripulação do voo anterior ao que caiu também lutou para controlar a aeronave, recebendo a ajuda de um piloto de folga que sabia como contornar o sistema, evitando, assim, um acidente possivelmente fatal.

Acidente aéreo na Etiópia

Na Etiópia , a queda de uma aeronave do mesmo modelo no dia 10 de março elevou as desconfianças sobre possíveis problemas no sistema de controle do Boeing 737 Max.

Na ocasião, 157 pessoas morreram e a análise preliminar das caixas-pretas do voo mostraram semelhanças entre os problemas enfrentados pelos indonésios e etíopes.

Os acidentes criaram uma reação mundial de governos e companhias aéreas que suspenderam voos com o Boeing 737 Max. Até o momento 300 aeronaves foram tiradas de circulação no mundo e ao menos 5 mil pedidos para a fabricante foram suspensos.

No Brasil, a Gol era a única companhia que operava esse modelo de avião e contava com sete deles em sua frota. Todos, no entanto, tiveram seu uso suspenso pela empresa.

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