Os analistas previam uma contração maior, de 0,7% para este trimestre e uma de 2,6% a ritmo anualizado (Mark Thompson/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 15 de agosto de 2011 às 06h05.
Tóquio - O Produto Interno Bruto (PIB) do Japão se contraiu 0,3% no trimestre que vai de abril a junho, segundo informou nesta segunda-feira (horário local) o Governo.
O dado correspondente ao segundo trimestre do ano fiscal japonês, que conclui em março de 2012, representa uma contração do PIB japonês de 1,3% a ritmo anualizado.
Em termos nominais, o PIB japonês se contraiu 5,7% a ritmo anualizado, segundo o relatório preliminar apresentado pelo Executivo.
Embora represente o terceiro trimestre consecutivo de queda no crescimento da economia japonesa, o que tecnicamente a continua situando em recessão, os números são melhores do que o esperado.
Os analistas prediziam uma contração de 0,7% para este trimestre e uma de 2,6% a ritmo anualizado, segundo uma pesquisa realizada pela agência local "Kyodo".
A maior queda foi registrada nas exportações, que diminuíram 4,9% de abril a junho frente aos três primeiros meses do ano, afetadas pelos efeitos do terremoto e do tsunami do dia 11 de março.
A queda também prejudicou o consumo privado, o qual representa 60% da economia japonesa e, entre abril e junho diminuiu 0,1% em comparação com o período que vai de janeiro a março, no qual se registrou queda de 0,6%.
Por outro lado, os investimentos privados de não residentes aumentaram 0,2%, enquanto o investimento público cresceu 3%.
A contração da economia japonesa menor do que a esperada, animou os investidores da Bolsa de Tóquio.
Nos primeiros 15 minutos da negociação, o índice Nikkei subia 145,55 pontos (1,62%), para 9.109,27, enquanto o Topix subia 11,13 pontos (1,45%), para 779,32.
Apesar dos números negativos, alguns analistas antecipam crescimento para o PIB japonês entre julho e setembro pela rápida recuperação de muitos setores da economia após a catástrofe de março.
Outros, no entanto, acreditam que a situação é mais incerta devido aos problemas fiscais nos Estados Unidos e Europa.