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PIB dos EUA cresce 3% no quarto tri, acima do esperado

O Produto Interno Bruto (PIB) do país cresceu a uma taxa anualizada de 3 por cento, a maior desde o segundo trimestre de 2010

Parlamentares norte-americanos estão perto de fechar um acordo de três trilhões de dólares para aumentar o limite de empréstimos dos Estados Unidos e assegurar aos mercados financeiros que o país vai evitar uma catastrófica moratória
 (Getty Images)

Parlamentares norte-americanos estão perto de fechar um acordo de três trilhões de dólares para aumentar o limite de empréstimos dos Estados Unidos e assegurar aos mercados financeiros que o país vai evitar uma catastrófica moratória (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 29 de fevereiro de 2012 às 20h15.

Washington - A economia dos Estados Unidos cresceu um pouco mais rápido do que se estimava inicialmente no quarto trimestre, com gastos ligeiramente mais firmes dos consumidores e das empresas, o que pode ajudar a acalmar os temores de uma forte desaceleração no crescimento no início de 2012.

O Produto Interno Bruto (PIB) do país cresceu a uma taxa anualizada de 3 por cento, a maior desde o segundo trimestre de 2010, informou o Departamento de Comércio em sua segunda estimativa. O dado ficou acima dos 2,8 por cento informados em janeiro.

Economistas consultados pela Reuters esperavam que o número do quarto trimestre ficasse sem revisão, em 2,8 por cento. No terceiro trimestre, a expansão havia sido de 1,8 por cento.

"Isso mostra um melhora constante, a despeito de toda a volatilidade nos preços das ações que tivemos no ano passado e mostra que agora estamos perto de sair da recessão", disse o diretor de investimentos do Solaris Group, em Nova York, Tim Ghriskey.

Um ritmo de crescimento sustentado de pelo menos 3 por cento provavelmente seria necessário para tornar perceptível um avanço na absorção dos desempregados e daqueles que desistiram de procurar emprego.

Embora o acúmulo de estoques das empresas ainda responda por grande parte do crescimento da produção no último trimestre, as revisões do PIB revelaram uma melhora na perspectiva para o primeiro trimestre.

As empresas não estavam tão agressivas em seus esforços de recomposição dos estoques, o que pode ajudar a aliviar os temores de uma desaceleração mais acentuada na produção neste trimestre.

Além disso, os gastos dos consumidores -que representam cerca de 70 por cento da atividade econômica dos EUA- ficaram um pouco mais firmes do que se pensava inicialmente. Os gastos dos consumidores cresceram a uma taxa de 2,1 por cento, em vez dos 2 por cento informados anteriormente.

O investimento das empresas em bens de capital foi elevado para uma taxa de 2,8 por cento, mas continua fraco em comparação com a tendência recente. Os dispêndios com a construção de moradias foram mais firmes do que o estimado inicialmente, enquanto o investimento em estruturas não residenciais foi ligeiramente fraco.

Até agora, dados que vão do emprego à produção industrial têm mostrado força subjacente na economia, reduzindo a necessidade de o Federal Reserve (banco central dos Estados Unidos) afrouxar mais a política monetária com o lançamento de uma terceira rodada de compra de ativos ou afrouxamento quantitativo.

Porém, a alta dos preços da gasolina, de 12,6 por cento desde o começo do ano, está ofuscando a perspectiva. A alta da gasolina quase eliminou o crescimento no começo do ano passado, mas os economistas acreditam que o impacto disso sobre as famílias pode ser minimizado pelos custos fracos do gás e pela melhora no mercado de trabalho.

Excluindo estoques, a economia cresceu a uma taxa de 1,1 por cento, em vez de 0,8 por cento. Isso ainda foi uma forte queda em relação ao ritmo do período anterior, de 3,2 por cento.

O relatório também mostrou que as exportações não foram tão fortes como previamente se pensava, mas que as importações também não estão crescendo tão fortemente, deixando um déficit comercial menor, que não chegou a pressionar o crescimento.

Os dados mostraram ainda pressões inflacionárias moderadas, embora uma índice de preços para gastos pessoais tenha subido a uma taxa de 1,2 por cento, em vez de 0,7 por cento.

Uma medida do núcleo mostrou que sem os custos de energia e alimentos, o aumento foi de 1,3 por cento, em vez de 1,1 por cento. O Fed preferiria ver essa medida mais perto da sua meta de inflação, de 2 por cento.

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