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PF prende um dos traficantes mais procurados da América do Sul

Operação visava desarticular organização criminosa transnacional especializada em tráfico internacional de drogas e lavagem de dinheiro

Polícia Federal: provas marcadas para setembro (Vagner Rosário/VEJA)

Polícia Federal: provas marcadas para setembro (Vagner Rosário/VEJA)

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Reuters

Publicado em 1 de julho de 2017 às 15h21.

A Polícia Federal prendeu neste sábado Luiz Carlos da Rocha, conhecido como "Cabeça Branca", um dos traficantes mais procurados pela Polícia Federal e Interpol na América do Sul, considerado como um dos "barões das drogas" do Brasil ainda em liberdade, afirmou o órgão federal em nota à imprensa.

A prisão foi feita com a deflagração da Operação Spectrum, para desarticular organização criminosa transnacional especializada em tráfico internacional de drogas e lavagem de dinheiro, que seria comandada por Rocha.

Rocha, segundo a PF, tem condenações proferidas pela Justiça Federal que somam mais de 50 anos de prisão.

"Estima-se que a quadrilha liderada por ele era responsável pela introdução de 5 toneladas de cocaína por mês em território nacional com destino final ao exterior e Brasil", afirmou a PF, afirmando que também foi apurado que Luiz Carlos da Rocha é um dos principais fornecedores de cocaína para facções criminosas paulistas e cariocas.

Na operação, cerca de 150 Policiais Federais cumprem 24 mandados judiciais, sendo 2 de prisão preventiva, 9 de busca e apreensão em imóveis, 10 de busca e apreensão de veículos e 3 de conduções coercitivas a serem cumpridos nas cidades de Londrina (PR), Araraquara, Cotia, Embu das Artes, São Paulo (SP) e Sorriso (MT).

As ordens judiciais foram expedidas pela 23ª Vara Federal de Curitiba/PR.

"O chefe da organização criminosa, Luiz Carlos da Rocha, foi recentemente localizado pela área de combate ao tráfico de drogas da Polícia Federal mesmo com as alterações de suas feições faciais promovidas mediante cirurgias plásticas", afirmou a Polícia Federal.

As ações de hoje, segundo a polícia, "desarticulam o núcleo e comando do grupo criminoso, encerrando a continuidade das ações delitivas e estancando o ingresso de vultosas cargas de cocaína destinada ao uso no Brasil e no exterior".

Os presos responderão pelos crimes de tráfico internacional de drogas, lavagem de dinheiro, associação para o tráfico, falsificação de documentos públicos e privados e organização criminosa, com penas somadas que passam de 20 anos de prisão, de acordo com a PF.

Estimativas iniciais, segundo a PF, indicam que o patrimônio sequestrado somente nesta primeira fase da operação foi de, aproximadamente, de 10 milhões de dólares, concentrado em fazendas, casas, aeronaves, diversos imóveis e veículos de luxo importados.

As investigações da polícia apontam que o patrimônio adquirido por Rocha com o tráfico internacional de drogas pode atingir 100 milhões de dólares.

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