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Petroleiro iraniano não registra grandes vazamentos

Ministério de Transportes chinês alertou, entretanto, que o acidente ocorrido em sua costa não está livre de danos ambientes

Sanchi, um barco iraniano registrado no Panamá, transportava 136 mil toneladas de petróleo (Foto/Reuters)

Sanchi, um barco iraniano registrado no Panamá, transportava 136 mil toneladas de petróleo (Foto/Reuters)

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EFE

Publicado em 10 de janeiro de 2018 às 09h28.

Xangai, China - O navio petroleiro iraniano que sofreu um acidente no sábado nas águas do Mar da China Oriental não registrou até o momento grandes vazamentos e a maior parte está evaporando, ainda que haja risco ambiental, indicou nesta quarta-feira o Greenpeace.

Nas últimas informações sobre a situação, o Ministério de Transportes chinês apontou que "não há registros de grandes vazamentos sobre o mar" após o acidente deste navio, que transportava petróleo equivalente a quase um milhão de barris, no qual desapareceram 31 pessoas.

O Sanchi, um barco iraniano registrado no Panamá, transportava 136 mil toneladas de petróleo formado por uma mistura de hidrocarbonetos recuperados durante o processamento de gás natural.

Segundo explicou o Greenpeace Asia Oriental em um comunicado divulgado hoje, o este tipo de petróleo refinado é "muito volátil" então "grande parte será consumida no incêndio" e a maioria "evaporará no ar".

Por esta razão, acrescentou, não será "o tipo de mancha espessa e preta associada com vazamentos de petróleo cru" ainda que "este não significa que esteja livre de riscos ambientais".

Assim, explicou, uma proporção de petróleo derramado se dissolverá na água e isto será tóxico localmente até que se dilua o suficiente para se descompor mediante processos naturais.

"Atualmente, é impossível estimar que quantidade de petróleo evaporau ou queimou", apontou a organização ecologista, já que eram preciso mais provas para confirmar quanto petróleo foi derramado no mar.

O Ministério de Transportes chinês informou ontem que existiam riscos de o navio explodir ou afundar, enquanto continuam os trabalhos de resgate a 31 pessoas desaparecidas, tarefas extremadamente delicadas devido ao gás tóxico do incêndio, que pode prejudicar a saúde das pessoas que estão na zona.

O choque entre o petroleiro iraniano e um cargueiro de Hong Kong aconteceu no Mar Oriental da China no sábado às 20h local, a 160 milhas (295 quilômetros) ao leste do estuário do rio Yangtsé, emoldurado pela cidade chinesa de Xangai e as províncias de Jiangsu (ao sul) e Zhejiang (ao norte).

Inicialmente havia 32 tripulantes desaparecidos, 30 iranianos e dois bengalis, mas na segunda-feira pela manhã foi achado o corpo de uma pessoa.

Os 31 desaparecidos são membros da tripulação do Sanchi enquanto as 21 pessoas que viajavam no cargueiro CF Crystal registrado em Hong Kong, todas de nacionalidade chinesa, puderam ser resgatadas.

O Greenpeace apontou que um grande volume de vazamento de petróleo poderia supor um risco de toxicidade de espécies de grande consumo na China, como a corvina amarela e a cavala.

A organização fez uma série de recomendações.

"É preciso realizar uma avaliação da quantidade de condensado que vazou o mais rápido possível e adotar as medidas de contenção e limpeza adequada", acrescentou a organização, que recomendou que a médio prazo seja realizada "uma investigação completa das causas desta colisão em águas abertas".

"Os riscos para a vida e o meio ambiente são enormes", finalizou.

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