Mundo

Petrobras suspende reajuste do preço do gás

Por contrato, o reajuste no gás nacional ocorre a cada três meses, mas companhia analisa a alta do preço internacional do petróleo na competitividade do gás no País

Se confirmada a decisão, não será a primeira vez que a Petrobras decide congelar o valor do insumo produzido no Brasil (Divulgação)

Se confirmada a decisão, não será a primeira vez que a Petrobras decide congelar o valor do insumo produzido no Brasil (Divulgação)

DR

Da Redação

Publicado em 16 de abril de 2011 às 11h48.

São Paulo - A Petrobras enviou comunicado às concessionárias estaduais de gás natural, esta semana, em que suspende temporariamente o reajuste no preço do gás nacional em 1.º maio, previsto no contrato entre a estatal e as distribuidoras. No documento, a empresa diz que está reavaliando o aumento que ocorreria no próximo mês, sob justificativa de que analisa o impacto da alta do preço internacional do petróleo na competitividade do gás no País.

Ainda que a Petrobras não tenha tomado a decisão definitiva, algumas distribuidoras do Nordeste, abastecidas pelo insumo produzido no País, já dão como certo de que a estatal não aplicará o reajuste. “A medida foi muito bem recebida pelas empresas”, disse o presidente da Companhia de Gás do Ceará (Cegás), José Rego Freitas, que já trabalha com a perspectiva de não haver o reajuste.

Ponto que chama a atenção de importante fonte do setor de gás é que o comunicado da Petrobras evoca o conceito jurídico de “novação contratual”. Ou seja, na hipótese de que não seja aplicado o reajuste no gás nacional em maio, isso não significa que as condições originais do contrato foram alteradas.

Por contrato, o reajuste no gás nacional ocorre a cada três meses, em fevereiro, maio, agosto e novembro. Desde 2008, a formação de preços considera duas parcelas: uma variável, atrelada a uma cesta de óleos internacional, e uma fixa, indexada ao Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M). Se confirmada a decisão, não será a primeira vez que a Petrobras decide congelar o valor do insumo produzido no País. A estatal já havia adotado a estratégia entre 2003 e 2005 - mesma época em que manteve inalterado o preço do gás boliviano -, para estimular a expansão do mercado de gás no Brasil.

Acompanhe tudo sobre:EnergiaGásPetróleo

Mais de Mundo

Putin sugere 'duelo' de mísseis com os EUA e defende direito de usar armas nucleares na Ucrânia

China está aumentando rapidamente seu arsenal nuclear, alerta Pentágono

Primeiro caso grave de gripe aviária em humanos nos EUA acende alerta

Ao menos 100 norte-coreanos morreram na guerra da Ucrânia, afirma deputado sul-coreano