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Petrobras responde ANP sobre interdição da P-33

São Paulo - A Petrobras informou que recebeu ontem à noite o ofício da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) sobre a interdição da plataforma P-33 na Bacia de Campos, litoral do Rio de Janeiro. Segundo a Agência, hoje será enviado à estatal o documento referente à fiscalização realizada na plataforma. Ontem, […]

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h46.

São Paulo - A Petrobras informou que recebeu ontem à noite o ofício da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) sobre a interdição da plataforma P-33 na Bacia de Campos, litoral do Rio de Janeiro. Segundo a Agência, hoje será enviado à estatal o documento referente à fiscalização realizada na plataforma.

Ontem, a ANP suspendeu as atividades da P-33, que opera no campo de Marlim. Em nota enviada à empresa, disse que, com o "objetivo de resguardar a segurança das operações e dos trabalhadores, a ANP decidiu suspender cautelarmente as operações na P-33 até que os níveis de segurança requeridos sejam restabelecidos, autuando a Petrobras e garantindo-lhe o direito à defesa".

De acordo com a Petrobras, no item 3 do ofício da ANP, a agência afirma que "durante a fiscalização a bordo, o fiscal da ANP identificou significativos desvios de segurança (...), por exemplo, a modificação de sistemas críticos em relação à Documentação de Segurança Operacional aprovada pela ANP, a existência de análises de risco obsoletas em relação à realidade operacional da unidade, equipamentos críticos com planos de manutenção expirados, acidentes não comunicados, dentre outros problemas de integridade mecânica e elétrica."

A estatal esclarece, em comunicado para a imprensa, os pontos apontados pela ANP. Segundo a Petrobras, sobre a modificação de sistemas críticos em relação à Documentação de Segurança Operacional (DSO), a empresa diz presumir "que esse item refere-se a geradores provisórios, instalados para substituir temporariamente o sistema de geração a vapor da plataforma, durante a manutenção da caldeira". "Eles não foram inseridos no DSO porque tratavam-se de modificações transitórias", informou a empresa.

A respeito da existência de análises de risco obsoletas em relação à realidade operacional da unidade, conforme cita a ANP no ofício, a estatal diz que a análise de riscos da P-33 foi atualizada em 2007. "Seguindo as melhores práticas internacionais, essa análise sofre revisão a cada cinco anos, portanto está válida até 2012", disse a estatal no comunicado.

Ainda sobre equipamentos críticos que teriam planos de manutenção expirados, conforme aponta a ANP, a estatal afirma que, "em atendimento à Superintendência Regional do Trabalho - RJ, houve uma redução de 50 vagas na P-33 em abril/2010, sendo necessário replanejar toda a carteira de serviços de manutenção". "Em razão disso, ocorreram repriorizações nas manutenções nos meses de junho e julho, e a recuperação desses atrasos ocorrerá na próxima parada programada."

Acidentes e manutenção
A Petrobras diz ainda, sobre acidentes que não teriam sido comunicados, que "entende que a ocorrência verificada no dia 14/08/2010 não caracterizou dano ao meio ambiente ou à saúde humana, nem ferimento de qualquer natureza para pessoal próprio e para terceiros" e que o dano material foi considerado insignificante perante o patrimônio envolvido.

Respondendo o item que aborda outros problemas de integridade mecânica e elétrica, a empresa afirma que os serviços priorizados de recuperação de tubulações, guarda-corpos e grades de piso e remoção de cabos elétricos que estão fora de uso serão realizados antes ou durante a próxima parada programada. "Os riscos dessas instalações estão monitorados e controlados e não comprometem a segurança da P-33 e de seus trabalhadores", informou a estatal. A companhia disse ainda que antecipará a parada programada para manutenção, prevista originalmente para outubro.

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