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Petrobras assumirá termelétrica em Cuiabá até 2012

Para realizar a retomada das operações da unidade, a empresa deve garantir o abastecimento do local

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 30 de março de 2011 às 15h45.

São Paulo - A Petrobras e a Empresa Produtora de Energia (EPE), controladora da Usina Termelétrica Governador Mário Covas, chegaram a acordo que viabilizará a retomada das atividades da unidade. Ela está paralisada desde agosto de 2007 em função da interrupção do fornecimento de gás natural pela Bolívia. Após meses de negociações, as partes assinaram ontem contrato de locação da usina localizada em Cuiabá para a Petrobras, com vigência até o final de 2012.

Nesse período, a Petrobras assumirá a condição de titular da energia gerada pelo empreendimento. A EPE, por sua vez, seguirá à frente da operação e manutenção do empreendimento. Para viabilizar a retomada das operações da unidade, foi acertado que a Petrobras ficará responsável por garantir o abastecimento do local.

A EPE, também conhecida como Pantanal Energia, não revelou a existência de acordo entre Petrobras e governo boliviano acerca do envio de gás natural para Cuiabá. Em outubro do ano passado, entretanto, representantes do governo boliviano e da petrolífera estatal YPFB garantiram a retomada do fornecimento de gás natural para Mato Grosso.

Caso esse acerto não seja confirmado, a Petrobras terá a alternativa de abastecer a usina com gás natural transportado a partir de caminhões ou com diesel - alternativa considerada menos provável. "A retomada da operação da Usina Termelétrica de Energia (UTE) Cuiabá, com seus mais de 500 megawatts de capacidade instalada, representa a garantia de confiabilidade elétrica para a baixada cuiabana e uma importante contribuição à segurança energética nacional", destacou em nota o diretor presidente da EPE, Fabio Garcia.

A solução de arrendamento da unidade negociada entre Petrobras e EPE não é inédita. Em 2007, a Petrobras firmou acordos semelhantes com as estatais Emae (SP) e Copel (PR) para arrendar, respectivamente, as termelétricas Piratininga e Araucária, nos mesmo Estados. Em ambos os casos, a Petrobras passou a deter o direito de explorar comercialmente a geração de energia elétrica dos empreendimentos, que enfrentavam dificuldades de operação por falta de gás natural.

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