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Petro, da Colômbia, defende Lula após declarações sobre a Faixa de Gaza

Presidente brasileiro tem sido alvo de críticas depois de comparar os ataques israelenses à Faixa de Gaza ao Holocausto

Gustavo Petro, presidente da Colômbia (Agence France-Presse/AFP)

Gustavo Petro, presidente da Colômbia (Agence France-Presse/AFP)

Estadão Conteúdo
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Agência de notícias

Publicado em 20 de fevereiro de 2024 às 17h43.

O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, afirmou nesta terça-feira, 20, que o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, falou a verdade ao comparar os ataques israelenses à Faixa de Gaza ao Holocausto. Petro, primeiro presidente de esquerda da história da Colômbia, disse ser solidário ao brasileiro. Lula tem sido alvo de críticas depois da declaração.

"Expresso minha solidariedade integral ao presidente Lula do Brasil. Em Gaza, há um genocídio e se assassinam covardemente milhares de crianças, mulheres e idosos civis. Lula só disse a verdade e a verdade se defende, ou a barbárie nos aniquilará", escreveu Petro em seu perfil no X, o antigo Twitter.

"Toda a região deve se unir para que cesse de imediato a violência na Palestina. A sentença da Corte Internacional de Justiça sobre Israel deve ser aplicada e ter consequências nas relações diplomáticas de todos os países do mundo", afirmou o líder colombiano.

Lula é crítico contumaz das ações de Israel na Faixa de Gaza depois da escalada do conflito contra o grupo Hamas. No domingo, 19, em entrevista a jornalistas na Etiópia, o chefe do Executivo brasileiro comparou a morte de palestinos com o extermínio de judeus feito pelo líder da Alemanha Nazista, Adolf Hitler. Durante o regime nazista, de 1933 e 1945, 6 milhões de judeus foram mortos.

"O que está acontecendo na Faixa de Gaza com o povo palestino não existiu em nenhum outro momento histórico. Aliás, existiu. Quando Hitler resolveu matar os judeus", afirmou Lula a jornalistas em Adis Abeba, na Etiópia, onde participou como convidado da cúpula anual da União Africana.

No mesmo dia, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse que o presidente brasileiro havia cruzado uma "linha vermelha". Nas horas e dias seguintes, a tensão diplomática entre os dois países foi aumentando.

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