Mundo

"Pessoa mais perigosa dos EUA", diz candidato democrata sobre Trump

Bernie Sanders começou a campanha para as primárias do Partido Democrata neste sábado (2)

Bernie Sanders: candidato democrata diz que não "perderá nenhum estado para Trump" (Andrew Kelly/Reuters)

Bernie Sanders: candidato democrata diz que não "perderá nenhum estado para Trump" (Andrew Kelly/Reuters)

E

EFE

Publicado em 2 de março de 2019 às 16h15.

Nova York - O senador Bernie Sanders começou neste sábado, em Nova York, a campanha para as primárias do Partido Democrata e, diante de milhares de seguidores, prometeu vencer o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, considerado por ele como a "pessoa mais perigosa" da história moderna do país.

"Não perderemos um único estado para Trump", disse Bernie aos eleitores, que se reuniram no bairro do Brooklyn, apesar de os termômetros mostrarem uma temperatura perto de zero graus.

Nascido no Brooklyn, Sanders, de 77 anos, escolheu o bairro para começar a nova corrida rumo à Casa Branca. O anúncio da candidatura foi feito no último dia 19 de fevereiro, com um único objetivo: derrotar Trump nas eleições presidenciais de 2020.

"Minha experiência quando criança, vivendo em uma família que lutou economicamente, influenciou poderosamente minha vida e meus valores", disse Sanders em um comício de campanha no Brooklyn College, onde teve aulas.

"Ao contrário de Donald Trump, que paralisou o governo e deixou 800 mil funcionários federais sem renda para pagar as contas, eu sei como é estar em uma família que vive de salário em salário", afirmou.

O senador americano de Vermont raramente falava sobre sua história pessoal durante sua primeira candidatura à Casa Branca em 2016 contra a eventual candidata democrata Hillary Clinton, concentrando-se quase exclusivamente em seus planos políticos de controlar Wall Street e reduzir a desigualdade de renda.

Mas a nova abordagem de Sanders, filho de um imigrante judeu da Polônia, foi um reconhecimento da necessidade de encontrar uma maneira de se destacar em um campo lotado e diversificado de candidatos democratas em 2020, incluindo cinco de seus colegas senadores.

Sanders também não destacou sua fé judaica em 2016. Mas no Brooklyn ele descreveu a jornada de seu pai para escapar da pobreza e do anti-semitismo, e disse que a família de seu pai acabou sendo "exterminada" pelos nazistas.

"Ao lançarmos essa campanha para presidente, vocês merecem saber de onde eu venho - porque a história da família influencia fortemente os valores que adotamos como adultos", disse Sanders a apoiadores no Brooklyn.

"Hoje, quero recebê-los em uma campanha que diz, em voz alta e clara, que os princípios subjacentes de nosso governo não serão ganância, ódio e mentiras", afirmou.

O primeiro fim de semana de campanha também indicou a ênfase de Sanders em expandir seu apoio entre eleitores das minorias, com quem ele teve dificuldade para se conectar durante sua campanha de 2016.

O senador é um dos rostos mais conhecidos e com maior aceitação entre os candidatos democratas que desejam enfrentar Trump. Com gritos de "Bernie, Bernie", os eleitores se concentraram no campus da Universidade do Brooklyn, onde Sanders se formou.

Jane Sanders, esposa do senador, foi a responsável por abrir o comício, destacando o lado familiar de Sanders, avô de sete netos.

"O que prometo fazer é, ao percorrer o país, levar os valores que todos em Vermont sentem orgulho: nossa crença na justiça, na comunidade, na política de base e nas reuniões locais", disse.

Trump cumprimentou Sanders por ter entrado na campanha, mas utilizou um apelido para se referir ao rival.

"O Louco Bernie acaba de entrar na corrida eleitoral. Desejo a ele o melhor", ironizou Trump no Twitter.

 

Acompanhe tudo sobre:Donald TrumpEleiçõesEstados Unidos (EUA)

Mais de Mundo

Polícia da Zâmbia prende 2 “bruxos” por complô para enfeitiçar presidente do país

Rússia lança mais de 100 drones contra Ucrânia e bombardeia Kherson

Putin promete mais 'destruição na Ucrânia após ataque contra a Rússia

Novo líder da Síria promete que país não exercerá 'interferência negativa' no Líbano