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Pesquisas mostram queda acelerada no apoio à Bachelet

O apoio à presidente chilena e ao seu governo caiu significativamente nos últimos meses, já que os chilenos estão preocupados com a economia

Michelle Bachelet: números devem preocupar Bachelet, que apresentou uma reforma tributária cada vez mais impopular (Gary Cameron/Reuters)

Michelle Bachelet: números devem preocupar Bachelet, que apresentou uma reforma tributária cada vez mais impopular (Gary Cameron/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 3 de dezembro de 2014 às 21h23.

Santiago - O apoio à presidente do Chile, Michelle Bachelet, e ao seu governo diminuiu significativamente nos últimos meses, já que os eleitores estão preocupados com a economia e perdem a fé em seu ímpeto para reformas, mostraram duas pesquisas de opinião nesta quarta-feira.

Cerca de 38 por cento dos chilenos entrevistados pelo Centro de Estudos Públicos aprovam o governo de centro-esquerda de Bachelet, uma redução em relação aos 50 por cento de agosto, segundo os levantamentos.

No início desta quarta-feira, uma pesquisa separada do instituto Adimark descobriu uma reação semelhante, com apoio de 37 por cento, comparado aos 55 por cento em março, quando Bachelet assumiu.

O índice de aprovação individual de Bachelet foi melhor, mas também declina, de acordo com a sondagem do CEP: 50 por cento, 13 pontos percentuais a menos que sua última pesquisa em agosto. A cifra foi de 42 por cento na pesquisa da Adimark, que registrou 54 por cento em março.

Os números devem preocupar Bachelet, que apresentou uma reforma tributária cada vez mais impopular em um momento de declínio econômico.

O aumento nos impostos pretende arrecadar fundos para subsidiar as mudanças no sistema educacional do Chile e outras reformas que miram a desigualdade acentuada. Mas transformar as mudanças em projetos de lei e aprová-las no Congresso tem se mostrado um processo lento e tortuoso, e os sinais são de que a população está perdendo a paciência.

A aprovação do gerenciamento do governo na educação caiu de 45 por cento em março para 25 por cento, de acordo com a sondagem da Adimark.

Bachelet pode se consolar com o fato de que a oposição de direita não está se saindo melhor. O apoio ao bloco conservador da Aliança é ainda menor do que ao governo.

O que pode preocupar os investidores no país, o maior exportador de cobre do mundo e uma das economias mais desenvolvidas e estáveis do continente, é que os eleitores parecem cada vez mais desencantados com os partidos políticos tradicionais.

Marco Enríquez-Ominami, ex-parlamentar socialista sem laços com nenhuma das grandes legendas e que fracassou em duas campanhas presidenciais, ficou entre os mais bem-avaliados na pesquisa do CEP.

Isabel Allende, política socialista, filha do líder deposto Salvador Allende e vista como possível sucessora de Bachelet, também teve alta aprovação.

A pesquisa mensal da Adimark foi realizada entre 6 e 28 de novembro com 1.045 pessoas e tem margem de erro de 3 pontos percentuais.

O CEP conversou com 1.432 pessoas entre 31 de outubro e 27 de novembro, e também tem margem de erro de 3 pontos percentuais.

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