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Uso de biodiesel no transporte rodoviário é promissor

Apenas 21% das frotas de ônibus e caminhões relataram problemas no motor com a mistura entre o bicombustível e o diesel comum, aponta pesquisa da CNT

Desde janeiro deste ano, o biocombustível começou a ser misturado na proporção de 5% com o diesel do petróleo.  (.)

Desde janeiro deste ano, o biocombustível começou a ser misturado na proporção de 5% com o diesel do petróleo. (.)

Vanessa Barbosa

Vanessa Barbosa

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h37.

São Paulo - Coadjuvante na redução de emissões de gases efeito estufa, o biodiesel tem sido usado no transporte rodoviário brasileiro desde 2008. Com dois anos de estrada, essa fonte renovável de energia tem tido boa aceitação do setor. Uma pesquisa da Confederação Nacional do Transporte (CNT) com 262 empresas de transporte rodoviário e urbano de cargas e de passageiros mostra que 76% das transportadoras não tiveram problemas nos motores dos veículos de suas frotas em decorrência da mistura do biodiesel ao diesel comum.

O resultado mostra um cenário promissor para o uso de biocombústivel nos transportes. Entre as empresas pesquisadas, apenas 21% observaram problemas após o início da comercialização da mistura, como aumento da troca de filtro de combustível e dos resíduos em bombas, formação de borra no tanque do veículo, perda de potência do motor e acúmulo de resíduos na câmara de combustão.

Apesar de a avaliação geral indicar que aparentemente a mistura não afeta os motores, a pesquisa conclui que algumas alterações do biodiesel apontadas por 56% das empresas - mudança de cor, a aparência turva, o aumento da borra no tanque e a presença de impurezas - "podem ser  indicadores de interferências primárias do biodiesel no desempenho e nos custos de manutenção das empresas de transporte".

O levantamento intitulado "A adição do biodiesel e a qualidade do diesel no Brasil" foi coordenado por técnicos do Programa Ambiental do Transporte (Despoluir) e executado por 20 federações de transporte rodoviário  de cargas e de passageiros de todo o país.
 
Desde janeiro deste ano, o biocombustível começou a ser misturado na proporção de 5% com o diesel do petróleo, o mais poluente dos combustíveis fósseis.
Classificados pelo teor de enxofre (S) presente no combustível ( ppm partes por milhão) - aquela fumaça escura que sai dos escapamentos veiculares, os tipos de diesel encontrados no Brasil, segundo a CNT são os seguintes:

S50 (50ppm) - Regiões metropolitanas de São Paulo, Belém, Fortaleza e Recife.

S500 (500ppm) - Conhecido como o diesel metropolitano, é vendido em praticamente todos os grandes centros urbanos.

S1800 (1880ppm*) - Conhecido como diesel interiorano, é vendido no interior do país.

 

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