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Pesquisa avalia Sanders e Kasich como candidatos mais fortes

Embora sejam os últimos colocados de cada partido, eles são os únicos candidatos que venceriam com amplas margens todos seus eventuais rivais


	Bernie Sanders: Sanders ganharia de Donald Trump, líder das primárias republicanas, por 14 pontos percentuais
 (Mike Blake / Reuters)

Bernie Sanders: Sanders ganharia de Donald Trump, líder das primárias republicanas, por 14 pontos percentuais (Mike Blake / Reuters)

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Da Redação

Publicado em 23 de março de 2016 às 13h24.

Washington - O democrata Bernie Sanders e o republicano John Kasich são os melhores candidatos que seus partidos podem escolher para vencer as eleições presidenciais de 8 de novembro nos Estados Unidos, segundo uma pesquisa publicada nesta quarta-feira pela Universidade Quinnipiac.

Embora sejam os últimos colocados em suas respectivas primárias, o senador Sanders e o governador Kasich são os únicos candidatos que venceriam com amplas margens todos seus eventuais rivais, exceto em uma disputa direta entre eles nas eleições gerais.

Sanders ganharia de Donald Trump, líder das primárias republicanas, por 14 pontos percentuais e de Ted Cruz, segundo conservador na disputa, por 11 pontos.

Hillary Clinton, sua única rival democrata e favorita do partido à indicação, venceria Trump por somente 6 pontos e Cruz por 3, em uma pesquisa que tem margem de erro de 3,9 pontos.

Kasich, que só teve uma vitória nas primárias, é o único dos cinco pré-candidatos à Casa Branca que ganharia de todos os seus rivais.

O governador de Ohio, com quase 40 anos de experiência política, venceria Hillary por 8 pontos percentuais e Sanders por 1 ponto.

"Embora tenham poucos delegados e tempo, Sanders e Kasich podem se agarrar à esperança de que se os americanos fossem às urnas hoje, se sairiam muito melhor que os outros candidatos", avaliou Tim Malloy, diretor-adjunto da pesquisa da Quinnipiac, que fica em Connecticut.

Trump e Hillary demonstraram sua liderança entre os eleitores das primárias, mas "não há muito amor na sala" para eles, como apontou Malloy, já que são os candidatos com maiores índices de rejeição absoluta entre a população geral.

Votar pelo magnata é algo que 54% dos eleitores descartam totalmente, e 43% não apoiariam Hillary de maneira alguma.

Não votariam em Cruz 33% dos cidadãos, em Sanders 27% e em Kasich, 14%.

A pesquisa foi elaborada entre 16 e 21 de março, antes das votações primárias de ontem, com 652 republicanos e 635 democratas e margens de erro de 3,8 pontos e 3,9 pontos, respectivamente.

Hillary continua a liderar a corrida democrata, agora com 1.681 delegados, entre eles 467 "superdelegados", líderes do partido e cargos eleitos que disseram que votarão nela na Convenção Nacional de julho, mas que, ao contrário dos outros delegados, não são obrigados a isso.

Sanders tem 927 delegados, entre eles 26 "superdelegados", dos 2.383 necessários para garantir a indicação antes da Convenção da Filadélfia (Pensilvânia), quando os delegados elegerão o candidato democrata para as eleições de 8 de novembro.

No lado republicano, Trump mantém sua liderança com 739 delegados, seguido por Cruz com 465 e Kasich na lanterna, com 143, dos 1.237 delegados necessários para conseguir a indicação antes da Convenção de Cleveland (Ohio) em julho.

Quanto aos apoios dentro do partido, Hillary Clinton é a clara favorita entre os democratas, enquanto os republicanos começam a cerrar fileiras em torno de Cruz para evitar a indicação de Trump.

Prova disso é o significativo apoio dado hoje ao senador por um dos pesos pesados do aparelho, o ex-governador da Flórida, filho e irmão de dois presidentes, Jeb Bush, que se retirou das primárias em fevereiro após as votações na Carolina do Sul.

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