Beirute - Os peshmergas, as forças do Curdistão do Iraque, que chegaram a Kobani há seis meses para defender o enclave curdo sírio do ataque dos jihadistas, deixaram o local nesta quarta-feira para retornar ao território iraquiano.

O diretor do Partido da União Democrática (PYD, sigla em curdo) Nawaf Khalil disse à Agência Efe pela internet que mais de cem soldados peshmergas saíram de Kobani hoje rumo à Turquia, através da passagem de Mursitpinar.

Do território turco, os milicianos retornarão a Erbil, capital da região autônoma do Curdistão do Iraque.

Khalil lembrou que os 155 peshmergas, que entraram em Kobani no dia 31 de outubro, conseguiram a defender a cidade do ataque do grupo terrorista Estado Islâmico (EI), que iniciou uma ofensiva para conquistá-la no fim de setembro.

Os soldados curdo iraquianos chegaram com armas pesadas que ajudaram a inverter a situação, já que até esse momento as Unidades de Proteção do Povo Curdo só tinham armamento leve.

A ação conjunta dos curdos por terra e dos bombardeios da coalizão internacional contra o EI acabou com a expulsão dos extremistas de Kobani em 26 de janeiro.

Desde então, os combates continuaram na periferia, onde os milicianos curdos recuperaram o controle de 332 povoados e chegaram à fronteira com a província vizinha de Al Raqqah.

Agora os combates se concentram em outras áreas da província de Aleppo, onde fica Kobani, como Yarabulus.

Em todo esse tempo, apenas um combatente peshmerga morreu devido aos ferimentos sofridos durante a batalha, informou Khalil, diretor do Centro de Estudos Estratégicos Curdos.

Kobani é um dos três principais enclaves curdos da Síria junto às regiões de Afrin, também em Aleppo, e Al Jazeera, na província de Al Hasaka.