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Peru e Chile chamam embaixadores em Israel para consultas

Peru acompanhou "com extrema preocupação" a violência no Oriente Médio e que "lamenta profundamente a interrupção do cessar-fogo com novas operações militares"

Gaza: Chile condenou o lançamento de foguetes pelo Hamas contra alvos civis em Israel (REUTERS/Ahmed Zakot)
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Da Redação

Publicado em 29 de julho de 2014 às 21h27.

Lima/Santiago - Os governos de Peru e Chile anunciaram ensta terça-feira que decidiram chamar para consultas seus embaixadores em Israel, como fizeram outros países, entre eles o Brasil, devido à interrupção do cessar-fogo na Faixa de Gaza, que provocou várias mortes.

"Devido à gravidade da situação, e em coordenação com governos de outros países da região, nesta data o Peru decidiu chamar para consulta seu embaixador em Israel", disse o Ministério das Relações Exteriores peruano em comunicado.

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No documento, foi declarado que o Peru acompanhou "com extrema preocupação" a violência no Oriente Médio e que "lamenta profundamente a interrupção do cessar-fogo com novas operações militares de Israel em Gaza que causaram a perda de vidas humanas que se somam às mais de mil vítimas, muitas delas civis, mulheres e crianças".

"Estes graves fatos afetam a paz e constituem uma nova e reiterada contravenção das normas elementares do direito internacional humanitário. O Peru ressalta, além disso, sua rejeição ao lançamento de foguetes e a qualquer tipo de ataque contra a população civil em Israel", acrescenta o texto.

Já o Ministério das Relações Exteriores do Chile disse em nota oficial que "observa com grande preocupação e desalento" as operações militares de Israel em território palestino, que representam "um castigo coletivo" à população civil em Gaza e não respeitam "normas fundamentais do direitos internacional humanitário".

O Chile condenou o lançamento de foguetes por parte do Hamas contra alvos civis em Israel, mas especificou que "a escala e intensidade das operações israelenses em Gaza vulneram o princípio de proporcionalidade no uso da força", um requisito "indispensável" para justificar a legítima defesa.

"O Chile reitera seu apelo a favor do término imediato das hostilidades, o que permitirá o início de uma operação de apoio humanitário para socorrer os milhares de deslocados internos e vítimas civis, em particular as crianças", acrescentou o ministério.

Membro não-permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas, o Chile tem a maior comunidade palestina fora do mundo árabe, com cerca de 400 mil pessoas, em sua maioria descendentes de imigrantes que professam a religião católica.

A ofensiva terrestre de Israel na Faixa de Gaza, que começou em 17 de julho em resposta aos ataques palestinos com foguetes, causou a morte de mais de 1.000 pessoas, na maior parte civis. EFE

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