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Peru aprova extradição de ex-presidente por caso Odebrecht

Alejandro Toledo é acusado de "tráfico de influências, conluio e lavagem de ativos", pelo suposto suborno de 20 milhões de dólares pela empreiteira

Peru: a decisão abre um novo capítulo na saga de um escândalo que também atingiu outros três ocupantes da presidência peruana (Mariana Bazo/File Photo/Reuters)
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AFP

Publicado em 13 de março de 2018 às 12h35.

A Suprema Corte do Peru aprovou nesta terça-feira o pedido de extradição aos Estados Unidos do ex-presidente Alejandro Toledo (2001-2006), acusado de ter recebido um suborno de 20 milhões de dólares da Odebrecht , informou uma fonte judicial.

"Sim, o pedido já foi aprovado no nível da Suprema Corte. A resolução deve estar saindo (a divulgação) até o meio-dia" (17h00 GMT, 14h00 horário de Brasília), disse à AFP uma fonte do poder judicial que pediu para não ser identificada.

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A solicitação, feita em 19 de fevereiro pelo juiz Richard Concepción Carhuancho, foi aprovada de forma unânime pelos cinco juízes da Sala Penal do máximo tribunal peruano, acrescentou a fonte.

Agora o pedido será enviado ao Conselho de Ministros, que deverá formalmente avaliá-lo, antes de ser remetido às autoridades americanas, em um processo que pode demorar cerca de quatro semanas.

Toledo, de 71 anos, é acusado de "tráfico de influências, conluio e lavagem de ativos", pelo suposto suborno de 20 milhões de dólares que a Odebrecht disse que lhe entregou em troca da licitação da construção de uma rodovia na Amazônia para unir Peru e Brasil.

A decisão abre um novo capítulo na saga de um escândalo que também atingiu outros três ocupantes da presidência peruana, incluindo o atual chefe de Estado Pedro Pablo Kuczynski, que foi primeiro-ministro e ministro da Economia de Toledo.

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