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Pentágono busca isolar virtualmente o grupo Estado Islâmico

"Os objetivos ali são interromper o comando e controle do EI, interromper sua habilidade de transferir dinheiro e de recrutar externamente"


	Estado Islâmico: "O efeito global que estamos buscando é o isolamento virtual e isso complementa muito nossas ações físicas no terreno"
 (foto/Reuters)

Estado Islâmico: "O efeito global que estamos buscando é o isolamento virtual e isso complementa muito nossas ações físicas no terreno" (foto/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 28 de abril de 2016 às 18h08.

O Comando Cibernético dos Estados Unidos (Cybercom) está trabalhando para destruir as conexões de internet do grupo radical Estado Islâmico (EI) e deixar seus membros em "isolamento virtual", anunciaram chefes do Pentágono nesta quinta-feira.

No que descreveu como a "primeira grande operação de combate" deste comando secreto, o secretário de Defesa, Ashton Carter, afirmou que o Cybercom está assumindo um papel importante na operação da coalizão liderada pelos Estados Unidos contra o EI no Iraque e Síria.

"Os objetivos ali são interromper o comando e controle do EI, interromper sua habilidade de transferir dinheiro, interromper sua possibilidade de tiranizar e controlar a população, interromper sua habilidade de recrutar externamente", disse Carter a legisladores no Comitê dos Serviços Armados do Senado.

"O efeito global que estamos buscando é o isolamento virtual e isso complementa muito nossas ações físicas no terreno", afirmou o assessor militar de Carter, o general Joe Dunford, que é Chefe do Estado-Maior Conjunto dos Estados Unidos.

"O foco em particular está em operações externas que poderiam ser realizadas pelo EI", completou.

As duas autoridades estiveram por três horas ante legisladores ligados à campanha contra a organização.

Os Estados Unidos lançaram uma coalizão internacional contra o EI em agosto de 2014, capturando vastas regiões do Iraque e Síria e libertando ocidentais sequestrados, embora vários legisladores expressem sua frustração porque, dois anos depois do início da operação, o grupo ainda controla cidades-chave e segue impondo estritas leis islâmicas.

É esperado que o Cybercom tenha, em 2018, mais de seis mil especialistas técnicos civis e militares em 133 equipes - cada uma delas com aproximadamente 65 efetivos trabalhando no Oriente Médio em operações contra redes do EI.

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