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Pelos direitos humanos, Anistia quer mudança em negócios

Segundo o secretário-geral da organização, povo dos países em desenvolvimento é visto como "moléstia" ou "ameaça"

Shetty, da Anistina Internacional: ONG defende normas em favor dos direitos humanos (Greencastle/Wikimedia Commons)

Shetty, da Anistina Internacional: ONG defende normas em favor dos direitos humanos (Greencastle/Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 26 de janeiro de 2011 às 09h13.

Davos, Suíça - O secretário-geral da Anistia Internacional, Salil Shetty, fez nesta quarta-feira um chamado em Davos aos líderes empresariais reunidos no Fórum Econômico Mundial para que adotem mudanças, desde simples benefícios no campo dos direitos humanos.

"O atual sistema é definido a favor dos negócios. Não pretende reforçar o comportamento corporativo ou transformar a economia global. O povo que vive nos países em desenvolvimento é visto, no melhor dos casos, como moléstia, e no pior, como ameaça", assinalou o responsável da AI.

Acrescentou que atualmente confia-se demais na vontade das empresas, mas que "para que haja uma mudança de verdade, é necessária uma mudança radical, de normas voluntárias a obrigatórias".

Por isso, garantiu, "Davos oferece a oportunidade de fazer essa mudança, de abraçar novas fórmulas que incluam não só benefícios, mas também as pessoas".

O teste real que devem passar os que se reúnem em Davos é "o comprometimento de verdade para ajudar a aliviar o sofrimento de muitos".

E lembrando o lema deste ano do Fórum: "Normas compartilhadas para uma nova realidade", o responsável da AI assinalou que uma dessas normas deve ser "que os negócios não violem os direitos humanos, e outra, que devem pagar por isso os que não respeitarem".

"Os padrões básicos precisam ser reforçados. A menos que haja uma mudança real, um compromisso real, o cenário está preparado para que aumente a onda de tensão, de sofrimento e de distúrbios", concluiu.

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