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Pedido de destituição de McCarthy como líder da Câmara dos EUA deve ser votado nesta terça

Para se manter no posto, o presidente da Câmara ou os seus opositores precisarão da maioria dos votos, e não apenas dos republicanos

McCarthy: presidente da Câmara dos EUA também defende a renúncia de Joe Biden (Kent Nishimura /Getty Images)

McCarthy: presidente da Câmara dos EUA também defende a renúncia de Joe Biden (Kent Nishimura /Getty Images)

Estadão Conteúdo
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Agência de notícias

Publicado em 3 de outubro de 2023 às 15h30.

A Câmara dos Representantes dos Estados Unidos deve realizar um referendo ainda nesta terça-feira, 2, sobre a liderança do presidente da Casa, Kevin McCarthy, depois que um antigo crítico do parlamentar formalizou uma votação para tentar destituí-lo do cargo.

O desafio histórico e sem precedentes testará a unidade do Partido Republicano e, provavelmente, fará com que os votos dos democratas sejam decisivos sobre o destino de McCarthy, devido à estreita maioria dos republicanos na Câmara. Para se manter no posto, McCarthy ou os seus opositores precisarão da maioria dos votos, e não apenas dos republicanos.

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O teste vem depois que o deputado Matt Gaetz, representante do Partido Republicano, apresentou ontem uma moção que força uma votação para tirar McCarthy de seu cargo. Gaetz acusa McCarthy de não ter mantido sua palavra aos conservadores sobre os projetos de lei de gastos e como ele administraria a Câmara, enquanto McCarthy e seus aliados dizem que a postura é uma vingança pessoal de Gaetz que poderia prejudicar o partido.

McCarthy disse a republicanos nesta terça-feira que realizará a votação relacionada à moção de Gaetz durante a primeira bateria de apreciações, marcada para a tarde desta terça-feira, de acordo com pessoas familiarizadas com os comentários. A votação pode adiar ou eliminar a medida.

McCarthy tentou mostrar confiança antes da votação e rejeitou sugestões de que faria um acordo com os democratas."Eles não pediram nada e eu não vou dar nada", disse, em entrevista para a CNBC.

Ele sugeriu que os democratas deveriam apoiá-lo para ajudar a reforçar a estabilidade da instituição. Se os governos vão "fazer política com a forma como você se torna presidente da Câmara - se esse for o caso, então acredito que temos problemas reais", disse.

Os democratas não estavam preparados para mostrar as suas cartas. Na MSNBC, o deputado Hakeem Jeffries, que lidera a bancada democrata, confirmou que conversou recentemente com McCarthy, mas se recusou a dar detalhes. Quando questionado se os democratas estariam dispostos a ajudar o presidente da Câmara ele disse: "Isso ainda será visto".

Falando a jornalistas, Gaetz pareceu se divertir em criar uma situação que poderia forçar McCarthy a procurar ou pelo menos aceitar a ajuda democrata, ao mesmo tempo em que rejeitou a noção de que iria fazer o seu próprio acordo além das linhas partidárias.

"Se houver um acordo com os democratas, o único será o feito por McCarthy", disse ele. "Se os democratas querem ficar com Kevin McCarthy, eles podem tê-lo."

Não estava claro quantos votos democratas seriam necessários para salvar McCarthy, depois que alguns republicanos sinalizaram que provavelmente apoiariam sua remoção, enquanto outros disseram que ainda estavam em cima do muro.

"Ele não pode permanecer como presidente da Câmara", disse o deputado Andy Biggs, do Partido Republicano, nas redes sociais. Outro representante da legenda, Tim Burchett disse que está indeciso. "É entre, você sabe, votar contra meu amigo Kevin McCarthy ou votar pela minha consciência", disse. "Então vou orar por isso."

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