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Paulson venderá bens antes de assumir no governo Bush

Novo secretário do Tesouro americano vai negociar sua fatia no Goldman Sachs, avaliada em 500 milhões de dólares

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Da Redação

Publicado em 12 de outubro de 2010 às 18h38.

Antes de ser confirmado no cargo de secretário do Tesouro dos Estados Unidos, o que deve ocorrer na próxima semana, o principal executivo do Goldman Sachs, Henry "Hank" Paulson, vai vender sua fatia do banco, no valor de aproximadamente 500 milhões de dólares. Também deverá negociar uma holding no valor de até 25 milhões de dólares em um banco chinês, para evitar conflito de interesses, conforme reportagem publicada no jornal Financial Times.

A informação foi divulgada pela porta-voz da Casa Branca, Dana Perino. Os interesses financeiros de Paulson, revelados em um documento de 243 páginas do Escritório de Ética Governamental, são amplos. Seus bens incluem diversos fundos afiliados ao Goldman Sachs, um lote em Keystone, no Colorado, avaliado em 5 milhões de dólares, bens imobiliários na Geórgia, três contas no JP Morgan, com valores entre 10 mil e 50 mil cada, e uma conta de investimento no valor de 50 milhões.

Sua fatia no Banco Industrial e Comercial da China seria vendida para afastar preocupações sobre possíveis conflitos, segundo Dana Perino. Paulson terá 90 dias, contados a partir da confirmação no novo cargo, para completar as vendas.

Como o novo secretário do Tesouro terá um papel fundamental na fiscalização da política americana em relação à China, sua ligação com o banco chinês preocupa alguns membros do Comitê de Finanças do Senado. A participação de Paulson deverá incluir áreas como o déficit de comércio e a valorização da moeda chinesa. Seu papel ganha importância com a saída do subsecretário de Estado, Robert Zoellick, que era o principal estrategista das relações entre Estados Unidos e China e agora vai deixar a administração Bush para ocupar um cargo no Goldman Sachs.

Paulson tem ligações com a China. É membro consultivo da Faculdade de Economia e Administração da Universidade de Tsinghua, em Pequim, e tem assento no Conselho de Conservação da Natureza da Ásia-Pacífico.

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