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Partido neonazista é excluído das eleições gerais em Berlim

A proibição veio após a lista apresentada por esse partido político ter sido invalidada pela Comissão Federal Eleitoral

NPD: esta irregularidade faz com que a presença em bloco seja desprezada em todos os distritos da capital alemã (Ralph Orlowski/Reuters)

NPD: esta irregularidade faz com que a presença em bloco seja desprezada em todos os distritos da capital alemã (Ralph Orlowski/Reuters)

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EFE

Publicado em 3 de agosto de 2017 às 12h21.

Berlim - O ultradireitista Partido Nacional-Democrático da Alemanha (NPD) não poderá concorrer por Berlim às eleições gerais de 24 de setembro, já que a lista apresentada por essa formação na capital foi invalidada.

A Comissão Federal Eleitoral desprezou nesta quinta-feira o último recurso apresentado por essa formação neonazista contra sua exclusão, com o argumento de que realizou erros formais na designação dos seus candidatos pelo distrito de Reinickendorf-Mitte.

Esta irregularidade faz com que a presença em bloco seja desprezada em todos os distritos da capital alemã, onde foram admitidos para as eleições 24 partidos.

O NPD é o principal aglutinante dos neonazistas na Alemanha, ainda que suas perspectivas de ganhar cadeiras no Bundestag (Parlamento Federal) sejam consideradas nulas.

Nas eleições de 2013, o NDP obteve 1,3% dos apoios e para as próximas é prevista uma porcentagem similar ou menor, muito abaixo do mínimo de 5% necessários para ter representação parlamentar.

Esta formação está à margem da quebra, após ter perdido em cinco anos metade da sua militância - atualmente tem menos de 6 mil filiados - e os postos com que contou em algumas câmaras regionais do leste do país.

Em janeiro, o Tribunal Constitucional rejeitou a demanda de ilegalização contra o partido apresentada pela Câmara alta (Bundesrat), por considerá-lo muito débil para escavar a ordem democrática.

O NPD recebe cerca de 1,3 milhão de euros anuais dos cofres públicos, devido sobretudo aos postos que ainda tem em conselhos municipais, com um total de 360 cargos públicos.

A debilidade desta formação, fundada em 1964, contrasta com a situação da Alternativa para a Alemanha (AfD), partido nascido em 2013 empurrado pelo voto eurocético e que com a crise migratória adotou um perfil claramente xenófobo.

A AfD ficou próxima de chegar ao Bundestag nas eleições de 2013, ao ficar situada apenas alguns décimos abaixo dos 5%.

Atualmente conta com cadeiras em 13 do total de 16 câmaras regionais dos "Lander" e as pesquisas preveem entre 7% e 9% nas eleições gerais de setembro.

Nos últimos meses, a AfD perdeu um pouco do ímpeto eleitoral que teve em 2015 e 2016, assolada por sucessivos problemas internos, mas se dá por feito que terá acesso ao Bundestag, algo que até agora não foi alcançado por nenhuma formação desse espectro.

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