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Partido do premier italiano reconhece derrota em eleições

"É uma derrota para nós. Ter perdido Roma e Turim queima, é doloroso", declarou Matteo Orfini, presidente do Partido Democrata


	Matteo Renzi: o texto cita "a amargura por algumas derrotas muito duras" no resto do país
 (Andreas Solaro/AFP)

Matteo Renzi: o texto cita "a amargura por algumas derrotas muito duras" no resto do país (Andreas Solaro/AFP)

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Da Redação

Publicado em 20 de junho de 2016 às 10h03.

O Partido Democrata (PD), do primeiro-ministro italiano, Matteo Renzi reconheceu o fracasso nas eleições municipais deste domingo, quando foi derrotado, entre outras prefeituras, em Roma e Turim.

"É uma derrota para nós. Ter perdido Roma e Turim queima, é doloroso", declarou Matteo Orfini, presidente do PD, em uma entrevista ao jornal La Stampa.

O partido de Renzi publicou durante a noite um comunicado em que reconhece que o resultado do segundo turno "marca uma clara derrota sem circunstâncias atenuantes em Roma e Turim para os candidatos do PD".

O texto cita "a amargura por algumas derrotas muito duras" no resto do país.

Em Roma, Virgina Raggi, candidata do partido antissistema Movimento Cinco Estrelas (M5S), foi eleita de maneira triunfal como prefeita, a primeira mulher a governar a capital da Itália.

O resultado foi humilhante para o PD, pois Raggi obteve mais que o dobro de votos do candidato de Renzi, Roberto Giachetti. A prefeita eleita recebeu 67,15% dos votos, contra 32,85% de Giachetti.

Em Turim, a candidata do M5S, Chiara Appendino, superou todas as previsões e derrotou Piero Fassino, ex-líder do PD e ministro de Justiça, com 54,56% dos votos.

Milão, a capital econômica do país, representa o melhor resultado para o PD. Seu candidato, Giuseppe Sala, venceu a eleição municipal com 51,7% los votos, superando o rival de centro-direita Stefano Parisi.

Orfini afirmou que os resultados mostram que o M5S se aliou ao partidos de direita contra o PD. Alguns líderes da direita e da extrema-direita italiana não hesitaram em declarar publicamente sua preferência pelos candidatos do M5S no segundo turno, um apoio que o movimento do ativista e Beppe Grillo não rejeitou abertamente.

"É evidente que nas cidades onde perdemos para o M5S, eles conseguiram catalisar os votos de todas as forças que nós enfrentamos, adicionando a seus votos os da direita e da extrema-direita", disse Orfini.

"No entanto, nas cidades onde ficamos em empate contra a direita conseguimos vencer e inclusive arrebatar redutos históricos da direita", completou.

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