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Partido de May cai para 5º lugar em pesquisa para eleição europeia

O Partido do Brexit subiu quatro pontos percentuais e segue na liderança com 34% das intenções de voto

Reino Unido: o Partido Trabalhista, principal sigla de oposição a May, continua na 2ª posição com 16% (Francois Lenoir/Reuters)

Reino Unido: o Partido Trabalhista, principal sigla de oposição a May, continua na 2ª posição com 16% (Francois Lenoir/Reuters)

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Reuters

Publicado em 13 de maio de 2019 às 10h52.

Londres — O Partido Conservador, da primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, caiu para o quinto lugar em uma pesquisa de intenção de voto para a eleição do Parlamento Europeu em 23 de maio, aumentando a pressão para que a premiê anuncie a data de sua renúncia.

O Partido do Brexit, de Nigel Farage, subiu quatro pontos percentuais e está na liderança com 34%, enquanto os conservadores têm só 10%, mostrou a pesquisa YouGov para o jornal Times. O Partido Trabalhista, principal sigla de oposição a May, caiu cinco pontos e aparece com 16%.

Os liberais-democratas e os verdes, dois partidos que apoiam a permanência na União Europeia, apareceram com 15% e 11%, respectivamente.

A queda acentuada do apoio aos conservadores aumenta a pressão para May marcar uma data para sua saída. Veteranos do partido querem que ela apresente um cronograma nesta semana.

Quase três anos depois de o Reino Unido decidir sua saída da UE por 52% a 48% dos votos, ainda não existe consenso entre os políticos britânicos no tocante a quando, como ou mesmo se a separação deveria ocorrer.

"A razão de eu estar de volta hoje fazendo o que estou fazendo é que, francamente, fomos traídos por nossa classe política de carreira", disse Farage, principal líder da campanha pelo Brexit, à TalkRadio.

"Se o Partido do Brexit sair na frente daqui a uma quinzena, precisamos ter um lugar na mesa de negociação com o governo para ajudar a montar nossa estratégia", acrescentou.

O Reino Unido deveria ter se separado do bloco em 29 de março, mas May foi incapaz de conseguir que o Parlamento aprovasse seu acordo, e por isso tentou cortejar o apoio dos trabalhistas, liderados pelo socialista Jeremy Corbyn.

O encarregado do Brexit dos trabalhistas, Keir Starmer, disse ao jornal Guardian que qualquer pacto bipartidário sem um referendo de confirmação não passará pelo Legislativo, já que cerca de 150 parlamentares trabalhistas o rejeitariam.

May prometeu renunciar se os parlamentares endossarem o acordo que ela fechou com Bruxelas para deixar a UE, mas este foi rejeitado pelo Parlamento britânico três vezes.

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