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Partido de Mandela deve perder maioria no Parlamento da África do Sul, segundo resultados parciais

A participação dos eleitores é pouco inferior a 60% face aos 66% nas eleições legislativas anteriores, em 2019. Os resultados finais são esperados apenas no sábado

Eleições na África do Sul: contagem de votos em Durban. (AFP/AFP)

Eleições na África do Sul: contagem de votos em Durban. (AFP/AFP)

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Agência de notícias

Publicado em 31 de maio de 2024 às 10h18.

O Congresso Nacional Africano (ANC) venceu as eleições legislativas de quarta-feira na África do Sul, mas poderá perder a sua maioria histórica e ter que formar um governo de coalizão, de acordo com resultados parciais publicados nesta sexta (31).

Com mais de 56% dos votos apurados, o ANC, partido histórico de Nelson Mandela, conta com 41,9% dos votos, indicou a comissão eleitoral (CEI).

O primeiro partido da oposição, Aliança Democrática (DA, centro liberal) soma 25% e o novo partido Umkhonto We Sizwe (MK) do ex-presidente Jacob Zuma alcançou mais de 11%. A esquerda radical Lutadores pela Liberdade Econômica (EFF) obteve 9,5% dos votos.

Estes resultados parciais ainda não incluem grandes cidades como Joanesburgo e Durban, afirmou a comissão eleitoral.

A participação é pouco inferior a 60% face aos 66% nas eleições legislativas anteriores, em 2019. Os resultados finais são esperados apenas no sábado.

Eleição presidencial

Os 400 deputados da nova assembleia devem eleger o presidente em junho. O ANC, que atualmente tem 230 cadeiras (57,5%), deverá continuar sendo o partido líder no Parlamento, mas se ficar abaixo dos 50% dos votos terá que forjar alianças e manter negociações para formar um governo de coalizão.

A queda do ANC explica-se, segundo analistas, pelo aumento da criminalidade, da pobreza e da desigualdade neste país de 62 milhões de habitantes. Os casos de corrupção envolvendo autoridades do partido também minaram a confiança já gravemente prejudicada.

Na província de KwaZulu-Natal, reduto tradicional do ANC, o partido MK de Zuma está na primeira posição, com mais de 43% dos votos, em comparação com 21% do Congresso Nacional Africano.

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