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Partido Conservador, de Theresa May, abre vantagem em eleições locais

A disputa acontece pela primeira vez, desde as legislativas de junho de 2017 que custaram para a primeira-ministra a maioria absoluta no Parlamento

May: os conservadores parecem ter conseguido preservar suas fortalezas históricas em Londres (Hannah McKay/Reuters)

May: os conservadores parecem ter conseguido preservar suas fortalezas históricas em Londres (Hannah McKay/Reuters)

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AFP

Publicado em 4 de maio de 2018 às 09h54.

O Partido Conservador da primeira-ministra britânica, Theresa May, aparecia em vantagem nesta sexta-feira (4), com resultados melhores do que o previsto nas eleições locais na Inglaterra, de acordo com os primeiros dados disponíveis.

"Alguns conselhos locais mudaram de mãos. Neste momento, a situação parece ser melhor para os conservadores do que o esperado, enquanto os resultados para os trabalhistas estão aquém das expectativas", indica Jonathan Carr-West, analista do centro de análises Local Democracy.

Destinadas a renovar as autoridades locais, essas eleições são tradicionalmente complicadas para o partido no poder. São as primeiras desde as legislativas de junho de 2017 que custaram para May a maioria absoluta no Parlamento e foram marcadas pela ascensão do Partido Trabalhista de Jeremy Corbyn, a primeira formação de oposição.

De acordo com os resultados disponíveis às 7h GMT (4h de Brasília), com dois terços dos votos apurados, os Tories obtiveram 811 assentos nos conselhos locais, em comparação com os 1.302 dos trabalhistas de Corbyn.

Sobretudo, os conservadores parecem ter conseguido preservar suas fortalezas históricas em Londres, que em 2016 votou contra o Brexit, elegeu um prefeito trabalhista, Sadiq Khan, e parecia mais inclinado a se curvar aos trabalhistas.

Os conservadores mantêm os distritos de Westminster e Wandsworth, bem como Kensington e Chelsea, apesar do incêndio da Torre Grenfell em junho de 2017, que deixou 71 mortos e pelo qual são responsabilizados.

Os conservadores ficaram com Barnet, no norte da capital, que os trabalhistas queriam conquistar. Os eleitores daquele distrito, onde vive uma grande comunidade judaica, poderiam ter punido os trabalhistas depois das acusações de que Corbyn teria permitido que o antissemitismo se espalhasse pelo seu partido.

"Fizemos melhor do que o esperado", reagiu o presidente do Partido Conservador, Brandon Lewis, à Sky News.

"O Labour que pensava que iria se impor em toda Londres não ganhou nenhum distrito" adicional, acrescentou.

Em contrapartida, os conservadores perderam o controle de Trafford, perto de Manchester (noroeste da Inglaterra) e Plymouth, no sudeste.

Os primeiros resultados também apontam para um fracasso do UKIP, o partido eurofóbico, que perde 44 assentos. A formação tem declinado desde a decisão dos britânicos de deixar a União Europeia no referendo de 2016, privando-o de uma razão de existir.

Os liberais democratas conseguiram se impor no distrito de Richmond, no sudoeste de Londres, em detrimento dos conservadores.

Mais de 4.300 assentos estão em jogo em cerca de 150 conselhos locais na Inglaterra, especialmente nas grandes cidades, Londres, Manchester, Leeds e Newcastle.

Responsáveis ​​por questões como educação e gestão de resíduos, alguns desses conselhos serão completamente renovados, e outros, apenas em um terço, ou metade.

As eleições foram realizadas na quinta-feira, poucos dias após a renúncia da ministra do Interior, Amber Rudd. Ela foi derrubada pelo escândalo em torno do tratamento de imigrantes de origem caribenha chegados ao Reino Unido após a Segunda Guerra Mundial.

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