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Parlamento norte-coreano se reúne sem Kim Jong-un

A Assembleia Popular da Coreia do Norte realizou sessão extraordinária sem a presença do líder norte-coreano, Kim Jong-un, cuja ausência gera especulações

Soldados se apresentam em uma parada militar na Coreia do Norte (Kcna/AFP)
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Da Redação

Publicado em 25 de setembro de 2014 às 13h22.

Seul - A Assembleia Popular (parlamento) da Coreia do Norte realizou nesta quinta-feira uma sessão extraordinária sem a presença do líder norte-coreano, Kim Jong-un, cuja ausência prolongada em atos do regime está gerando especulações sobre sua saúde.

A segunda audiência do ano da 13ª Assembleia Popular Suprema ocorreu hoje, como anunciou em 5 de setembro a agência estatal "KCNA", mas os meios de comunicação do regime não mostraram imagens do líder.

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A sessão parlamentar, envolta em secretismo como toda atividade política do país, o mais isolado do mundo, serviu para a nomeação de cargos estatais. Kim Jong-un não aparece na imprensa norte-coreana desde 3 de setembro.

Durante a audiência, foi anunciada a substituição do vice-presidente da poderosa Comissão de Defesa Nacional (NDC), Choe ryong-hae, órgão presidido por Kim Jong-un, segundo informou a agência "KCNA".

O posto foi assumido por Hwang Pyong-so, antigo assessor pessoal do líder, que atualmente ocupava a vice-presidência de um dos principais órgãos políticos do regime de Pyongyang, o Departamento de Guia e Organização.

Suas funções incluíam a designação de altos cargos do regime e o controle das atividades políticas de todos os dirigentes, membros do Partido dos Trabalhadores e dos cidadãos.

Desde que foi nomeado para o cargo em março, Hwang Pyong-so é considerado uma das pessoas mais poderosas do regime.

A 13ª Assembleia Popular Suprema realizou sua primeira em abril, após 687 deputados, entre eles Kim Jong-un, terem obtido sua cadeira no mês anterior nas eleições parlamentares.

O parlamento norte-coreano celebra geralmente reuniões anuais de seus 687 membros em março ou abril, mas às vezes convoca outra sessão no segundo semestre para anunciar ou aprovar medidas importantes.

A Assembleia Popular é monopolizada por uma maioria arrasadora de deputados do governante Partido dos Trabalhadores, embora também conte com forças políticas menores, todas elas ligadas ao socialismo "juche" (autossuficiência) do Estado.

O principal órgão legislativo do país tem como função referendar as decisões tomadas pela cúpula do Partido dos Trabalhadores, liderada pelo "líder supremo".

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