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Parlamento japonês aprova envio de militares ao exterior

Os senadores votaram em uma sessão plenária os textos que atribuem uma nova interpretação à Constituição pacifista do país, após horas de intensos debates

Parlamento em Tóquio, no Japão: o presidente da Câmara alta Masaaki Yamazaki anunciou que 148 parlamentares votaram a favor, enquanto 90 se opuseram às mudanças (Reuters / Yuya Shino)
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Da Redação

Publicado em 18 de setembro de 2015 às 16h46.

O Parlamento japonês aprovou neste sábado um pacote de leis de defesa que autorizam o envio de militares a um conflito no exterior, rompendo com uma política vigente desde o fim da Segunda Guerra Mundial.

Os senadores votaram em uma sessão plenária os textos que atribuem uma nova interpretação à Constituição pacifista do país, após horas de intensos debates, enquanto em frente ao Congresso milhares de manifestantes protestavam contra a reforma.

O presidente da Câmara alta Masaaki Yamazaki anunciou que 148 parlamentares votaram a favor, enquanto 90 se opuseram às mudanças.

A perspectiva de uma nova interpretação da Constituição pacifista do Japão fez com que milhares de japoneses saíssem às ruas quase diariamente nas últimas semanas, algo raro no arquipélago.

Na quinta-feira, em duas oportunidades, diante do primeiro-ministro Shinzo Abe impassível, integrantes da oposição e da coalizão governista cercaram o presidente da comissão e chegaram trocar empurrões.

Para os críticos, as leis, que permitirão ao Japão uma intervenção para defender um aliado, são incompatíveis com a renúncia à guerra incluída no artigo 9 da Carta Magna imposta em 1947 pelos Estados Unidos.

Também afirmam que a nova interpretação da Constituição poderia levar o país a entrar em guerras por todo o mundo ao lado dos Estados Unidos.

O primeiro-ministro Shinzo Abe defende uma normalização da política militar do país, que após a derrota na Segunda Guerra Mundial esteve muito restrita pela imposição dos Estados Unidos.

Abe defende a necessidade de uma evolução legal ante as ameaças crescentes da China e da Coreia do Norte.

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Na quinta-feira, em duas oportunidades, diante do primeiro-ministro Shinzo Abe impassível, integrantes da oposição e da coalizão governista cercaram o presidente da comissão e chegaram trocar empurrões.

Para os críticos, as leis, que permitirão ao Japão uma intervenção para defender um aliado, são incompatíveis com a renúncia à guerra incluída no artigo 9 da Carta Magna imposta em 1947 pelos Estados Unidos.

Também afirmam que a nova interpretação da Constituição poderia levar o país a entrar em guerras por todo o mundo ao lado dos Estados Unidos.

O primeiro-ministro Shinzo Abe defende uma normalização da política militar do país, que após a derrota na Segunda Guerra Mundial esteve muito restrita pela imposição dos Estados Unidos.

Abe defende a necessidade de uma evolução legal ante as ameaças crescentes da China e da Coreia do Norte.

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