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Parlamento francês aprova projeto contra discurso de ódio na internet

As redes sociais deverão ter ferramentas para que usuários alertem sobre conteúdos ligados à raça, gênero, orientação sexual, inaptidão física ou mental

Redes Sociais: Parlamentares franceses aprovam projeto de lei que obriga plataformas a disponibilizarem canal para denúncias sobre discurso de ódio (Flickr//jasonahowie/CC/Flickr)

Redes Sociais: Parlamentares franceses aprovam projeto de lei que obriga plataformas a disponibilizarem canal para denúncias sobre discurso de ódio (Flickr//jasonahowie/CC/Flickr)

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Reuters

Publicado em 5 de julho de 2019 às 19h02.

Paris — Gigantes das redes sociais como Facebook e Twitter terão de remover todo conteúdo contendo discurso de ódio em até 24 horas, segundo projeto de lei aprovado pela Assembleia Nacional Francesa nesta sexta-feira.

O presidente francês, Emmanuel Macron, quer fazer da França a líder na regulamentação de gigantes de tecnologia dos EUA para conter compartilhamentos de conteúdos ilícitos e falsa informação nas plataformas mais utilizadas da rede.

"O que não é tolerado nas ruas não deveria se tolerado na internet", disse Laetitia Avia, integrante da maioria de Macron na Assembleia Nacional e autora de um relatório recente sobre discurso de ódio, em entrevista coletiva antes da votação.

O Facebook tem sido alvo de intensa investigação nos últimos anos por conta de publicações contendo discurso de ódio, especialmente após um atirador matar 51 pessoas na Nova Zelândia em março e transmitir o ataque ao vivo pela plataforma.

O massacre levou a primeira-ministra do país, Jacida Ardern, a promover uma iniciativa classificada como "A Chama de Christchurch", batizada com o nome da cidade onde um atirador atacou duas mesquitas.

O Facebook, que não comentou de imediato, recentemente concordou em entregar a identificação e dados de usuários suspeitos de discurso de ódio em sua plataforma a juízes na França, disse um ministro na Reuters na semana passada.

Segundo o projeto de lei francês, grupos de redes sociais precisarão disponibilizar ferramentas para permitir que usuários os alertem de conteúdos "claramente ilícitos" ligados à raça, gênero, orientação sexual, inaptidão física ou mental.

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