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Parlamento francês aprova lei de passaporte vacinal de Macron

Parlamentares na Câmara aprovaram o projeto de lei que inclui o passaporte vacinal por 214 votos a 93

França: o governo decidiu invalidar a opção de apresentação de testes negativos no novo projeto. (Sarah Meyssonnier/Reuters)

França: o governo decidiu invalidar a opção de apresentação de testes negativos no novo projeto. (Sarah Meyssonnier/Reuters)

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Reuters

Publicado em 6 de janeiro de 2022 às 09h26.

O Parlamento da França aprovou nesta quinta-feira os planos do presidente Emmanuel Macron para um passaporte de vacinação para conter a propagação da variante Ômicron do coronavírus, após um tumultuado debate provocado pelos comentários do próprio Macron, que afirmou que queria "irritar" os não vacinados.

A linguagem de Macron a quase três meses das eleições presidenciais foi vista amplamente como politicamente calculada, apelando à frustração cada vez maior do público contra os que não quiseram se vacinar.

Mais de 90% da população com mais de 12 anos recebeu pelo menos duas doses de um imunizante contra a Covid-19, apontam dados do governo. O ministro da Saúde, Olivier Véran, disse que um número recorde de pessoas desde o dia 1º de outubro recebeu a primeira dose da vacina na quarta-feira após os comentários de Macron serem publicados.

Parlamentares na Câmara aprovaram o projeto de lei que inclui o passaporte vacinal pouco depois das 5h (horário local), após uma sessão que virou a noite, por 214 votos a 93. Muitos dos que votaram contra o projeto eram de grupos de extrema direita ou de esquerda.

O projeto irá para o Senado antes de uma última votação na Assembleia Nacional.

Os franceses precisam há meses mostrar que estão vacinados ou um teste negativo para Covid-19 para que possam entrar em locais como cinemas, cafés e trens. Mas com a disparada nas infecções com as variantes Delta e Ômicron, o governo decidiu invalidar a opção de apresentação de testes negativos no novo projeto.

As regras do passaporte de vacinas serão aplicadas aos maiores de 16 anos e não para os maiores de 12, como o governo queria inicialmente.

Países europeus têm hesitado sobre a coerção ou não de seus cidadãos para a vacinação. Na quarta-feira, a Itália tornou a vacinação contra a Covid-19 obrigatória para pessoas com mais de 50 anos, com professores e profissionais de saúde já obrigados a tomarem o imunizante.

O primeiro-ministro francês, Jean Castex, disse que os países que adotam a obrigatoriedade da vacinação, como a Itália e a Áustria, têm taxas mais baixas de vacinação do que a França.

Castex também afirmou que a França está pronta para seguir o programa em direção a uma quarta dose contra a Covid quando for o momento certo.

Na quarta-feira, a França registrou mais de 332 mil novos casos de Covid-19 nas últimas 24 horas, e mais 246 mortos pela doença em hospitais.

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