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Parlamento de Israel terá nova votação para presidente

Escândalos abalaram a disputa pelo cargo que no país é basicamente cerimonial, tido como autoridade moral da nação

Shimon Peres ao lado do papa Francisco: nenhum dos cinco candidatos ao lugar de Peres obteve os 61 votos requeridos no Legislativo (Osservatore Romano/Reuters)

Shimon Peres ao lado do papa Francisco: nenhum dos cinco candidatos ao lugar de Peres obteve os 61 votos requeridos no Legislativo (Osservatore Romano/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 10 de junho de 2014 às 09h11.

Jerusalém - O Parlamento de Israel votou nesta terça-feira para eleger o presidente que sucederá a Shimon Peres, dias depois de escândalos abalarem a disputa pelo cargo que no país é basicamente cerimonial, tido como autoridade moral da nação.

Nenhum dos cinco candidatos ao lugar de Peres - que ganhou um Prêmio Nobel da Paz e cujo mandato expira no próximo mês - obteve os 61 votos requeridos no Legislativo de 120 lugares.

Uma segunda votação será realizada no fim do dia. Na segunda tentativa, Reuven Rivlin, um ex-presidente do Parlamento que recebeu 44 votos, vai enfrentar Meir Sheetrit, experiente político centrista, que obteve 31.

Rivlin, 74, é membro do direitista Partido Likud, do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu. Ele tem a reputação de ser um político independente, se opõe a um Estado palestino e mantém um relacionamento turbulento com o primeiro-ministro.

Sheetrit, que era aliado do ex-primeiro-ministro Ariel Sharon, esteve à frente de seis ministérios em sua longa carreira, incluindo o das Finanças e do Interior. Ele é membro do moderado partido Hatnuah, que integra a coalizão de Netanyahu.

Nenhum partido obteve até hoje maioria em uma eleição nacional israelense, o que faz do presidente - cujo poder é bem limitado - uma figura importante na formação de coalizões de governo. A campanha para a eleição do décimo presidente de Israel tem sido manchada por rumores de jogo sujo e difamação.

Um dos candidatos favoritos, o político trabalhista Binyamin Ben-Eliezer, deixou a disputa no sábado depois que a polícia o interrogou sobre suposta fraude financeira.

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