Mundo

Parlamento da Venezuela rejeita saída da OEA

Organização havia sido notificada oficialmente sobre a saída do país na sexta-feira em uma carta do presidente Nicolás Maduro

Nicolás Maduro decidiu romper com a OEA após o organismo convocar uma reunião de chanceleres para analisar a crise política na Venezuela (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)

Nicolás Maduro decidiu romper com a OEA após o organismo convocar uma reunião de chanceleres para analisar a crise política na Venezuela (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)

A

AFP

Publicado em 4 de maio de 2017 às 14h47.

O Parlamento da Venezuela, controlado pela oposição, apresentou nesta quinta-feira à OEA sua objeção formal à decisão do Executivo de sair da organização, declarou em Washington seu presidente, o deputado Julio Borges.

"Estou anexando os documentos aprovados por unanimidade pelo Parlamento venezuelano que impedem que a Venezuela saia da Organização dos Estados Americanos", declarou Borges a repórteres depois de se reunir com o secretário-geral do bloco continental, Luis Almagro.

Isto "pararia o relógio dos dois anos", disse o legislador referindo-se ao prazo estabelecido pela OEA para a retirada efetiva de um país do bloco.

A OEA não explicou se ou como a nova documentação afetará o processo de saída da Venezuela da organização, notificada oficialmente na sexta-feira em uma carta do presidente Nicolás Maduro a Almagro.

Mas fontes da agência disseram que os argumentos do Parlamento devem ser incluídos em uma revisão interna da decisão da Venezuela, que é sem precedentes.

A documentação apresentada por Borges incluía um decreto do Parlamento e apoio legal para rejeitar a saída da Venezuela da OEA, e foi entregue a Almagro e ao Conselho Permanente, o órgão regulador dos 34 países membros da organização.

De acordo com o legislador, o processo iniciado pelo governo venezuelano é "absolutamente nulo", alegando que a Constituição da Venezuela proíbe a saída de qualquer acordo internacional que inclua a proteção dos direitos humanos.

A Carta da OEA, tratado que constitui o bloco continental e que contempla a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), "é uma parte substancial da nossa constituição", disse ele.

Caracas decidiu romper com a OEA após o organismo convocar uma reunião de chanceleres para analisar a crise política na Venezuela.

Acompanhe tudo sobre:Nicolás MaduroOEAVenezuela

Mais de Mundo

Porto de Xangai atinge marca histórica de 50 milhões de TEUs movimentados em 2024

American Airlines retoma voos nos EUA após paralisação nacional causada por problema técnico

Papa celebra o Natal e inicia o Jubileu 2025, 'Ano Santo' em Roma

Israel reconhece que matou líder do Hamas em julho, no Irã