Internet: a nova lei entrará em vigor em 1 de junho de 2017 (Getty Images/Getty Images)
AFP
Publicado em 7 de novembro de 2016 às 10h23.
O Parlamento chinês aprovou nesta segunda-feira uma polêmica lei sobre a segurança cibernética que restringe a liberdade de expressão na internet e obriga as empresas, incluindo as estrangeiras, a cooperar com o Estado para "proteger a segurança nacional".
O Partido Comunista da China (PCC) restringe há algum tempo o acesso a sites estrangeiros como Google, Facebook e Twitter graças a um sofisticado programa chamado "Great Firewall", um jogo de palavras em inglês que mistura os termos "Grande Muralha" (Great Wall) e "Firewall", como são conhecidos os sistemas de proteção da rede de computadores.
Artigos, blogs, fóruns e comentários nas redes sociais também estão submetidos a censura.
A lei aprovada pelo comitê permanente da Assembleia Nacional Popular (ANP) proíbe que os internautas publiquem conteúdos que atentem contra "a honra nacional, "perturbem a ordem econômica ou social" ou destinados a "derrubar o sistema socialista", ou seja, o PCC.
A lei proíbe o anonimato na internet e exige que as empresas identifiquem os usuários.
A nova lei, que entrará em vigor em 1 de junho de 2017, também inclui dispositivos para proteger as informações das redes e dos usuários.
A China bloqueia ou censura há muito tempo conteúdos na internet, mas as restrições foram reforçadas desde 2013 como parte de uma campanha contra as pessoas que "propagam boatos on-line", durante a qual centenas de jornalistas e blogueiros foram detidos.