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Parlamento britânico aprova propostas que dificultam Brexit sem acordo

Boris Johnson, o favorito para se tornar primeiro-ministro, prometeu tirar o Reino Unido da UE com ou sem um acordo de transição

Brexit: Para parlamento britânico, saída do Reino Unido da União Europeia não deve ser sem acordo (Peter Nicholls/Reuters)

Brexit: Para parlamento britânico, saída do Reino Unido da União Europeia não deve ser sem acordo (Peter Nicholls/Reuters)

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Reuters

Publicado em 18 de julho de 2019 às 17h40.

Última atualização em 18 de julho de 2019 às 17h44.

Londres — Parlamentares do Reino Unido aprovaram propostas nesta quinta-feira para tornar mais difícil para o próximo primeiro-ministro forçar um Brexit sem acordo suspendendo o Parlamento, mostrando mais uma vez sua determinação de evitar uma separação da União Europeia sem que haja um acordo.

A crise de três anos do Brexit está se aprofundando ao passo que Boris Johnson, o favorito para se tornar premiê, prometeu tirar o Reino Unido da UE com ou sem um acordo de transição em 31 de outubro, colocando o país em rota de colisão com o bloco e com seu próprio Parlamento.

A agência reguladora do orçamento, OBR, destacou a aposta alta dizendo que o país pode estar entrando em uma recessão plena que uma saída sem acordo da UE só agravaria, abrindo um rombo de 30 bilhões de libras esterlinas nas finanças públicas.

Johnson, um conservador e ex-secretário das Relações Exteriores, se recusou a descartar uma "prorrogação" ou suspensão da Câmara dos Comuns para impedir os parlamentares de aprovarem legislações que bloqueiem seu plano para o Brexit se ele tentar uma desfiliação sem acordo.

Na tentativa de complicar tal manobra, os parlamentares adotaram, por uma margem de 315 a 274, uma proposta que exigiria que o Legislativo se reunisse para tratar de assuntos da Irlanda do Norte durante vários dias em setembro e outubro, ainda que fosse suspenso.

Eles também endossaram um pedido para que ministros providenciem relatórios quinzenais sobre o progresso para o restabelecimento do Executivo inoperante da Irlanda do Norte e para dar aos parlamentares uma oportunidade de debater e aprovar tais relatórios.

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