Parlamento britânico aprova ataques aéreos no Iraque
Em uma sessão especial do Parlamento, 524 membros votaram a favor de apoiar o governo iraquiano na luta contra a ameaça dos militantes do Estado Islâmico
Da Redação
Publicado em 26 de setembro de 2014 às 15h28.
Londres - O primeiro-ministro britânico, David Cameron, garantiu a aprovação parlamentar nesta sexta-feira para que o Reino Unido faça parte da coalizão liderada pelos Estados Unidos que combate o grupo extremista Estado Islâmico no Iraque .
Em uma sessão especial do Parlamento, 524 membros votaram a favor de apoiar o governo iraquiano na luta contra a ameaça dos militantes, incluindo a realização de ataques aéreos, como parte de uma aliança mais ampla. Apenas 43 parlamentares foram contra a medida.
O texto colocado para aprovação do Parlamento deixava claro que não se referia a ofensivas na Síria.
Qualquer proposta para a realização de ataques no país deveria ser sujeita a outra votação. O projeto prevenia ainda que o Reino Unido não enviaria tropas para combaterem os insurgentes em solo.
Nas últimas semanas, houve expectativas crescentes de que os britânicos eventualmente aceitariam apoiar os EUA e seus aliados nas ofensivas contra o Estado Islâmico.
Cameron, no entanto, mostrou-se cauteloso ao apresentar essa medida para avaliação no país, após ter sido derrotado em uma votação parlamentar parecida no ano passado que propunha ações militares na Síria.
Ao defender a realização dos ataques aéreos no Iraque, o primeiro-ministro argumentou que os extremistas representavam uma ameaça ao Reino Unido e ao mundo, e que havia base legal para a ação porque o governo do Iraque havia pedido a intervenção estrangeira.
Os três principais partidos do Parlamento britânico também sinalizaram seu apoio às ofensivas, antes mesmo do debate e da votação.
O Ministério da Defesa do Reino Unido afirmou que os aviões militares da força aérea real que têm sobrevoado o Iraque em missões de reconhecimento poderiam entrar em modo de combate assim que a ordem for dada.
A data de início dos ataques britânicos vai depender apenas de questões operacionais.
Fonte: Dow Jones Newswires.