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Parlamento analisa detenção do deputado acusado por Maduro

O deputado opositor Juan Requesens, que foi criticado por Maduro, foi preso por funcionários da Inteligência e seu o paradeiro é desconhecido

A sessão está sendo acompanhada por representantes diplomáticos de vários países (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)

A sessão está sendo acompanhada por representantes diplomáticos de vários países (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)

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EFE

Publicado em 9 de agosto de 2018 às 15h50.

Caracas - A Assembleia Nacional da Venezuela (AN, Parlamento), de maioria opositora, iniciou uma sessão especial na qual pretende condenar a detenção do deputado opositor Juan Requesens, que o presidente Nicolás Maduro acusou de estar por trás do atentado contra ele no sábado passado.

A sessão da Câmara está acompanhada por representantes diplomáticos de vários países, como França, Espanha, Holanda, Inglaterra, Itália, Portugal. A irmã do deputado detido, Rafaela Requesens, abriu a sessão com uma denúncia contra o governo, ao assegurar que não há notícias sobre ele após mais de 38 horas

"Hoje, temos que ser a voz de Juan, temos que ser a voz de todos os venezuelanos que não conseguem ser. Tenho certeza que vamos sair disto", disse.

Ele pediu aos opositores para unirem forças em relação ao que considerou uma onda de abusos contra os opositores.

Ontem, Maduro acusou Juan Requesens, que afirmou ser "um dos mais loucos e psicopatas" membros da oposição, assim como o ex-presidente da AN, o deputado Julio Borges, de estar por trás do atentado que deixou sete feridos. No mesmo dia, funcionários da Inteligência do país - Sebin - detiveram Requesens e a irmã dele em casa. Ela foi liberada depois.

O paradeiro do deputado opositor, no entanto, é desconhecido. Borges, por sua vez, está na Colômbia e tem ordem de prisão emitida desde ontem pelo Tribunal Supremo de Justiça.

O legislador opositor Alfonso Marquina denunciou hoje que "não existia" uma ordem de detenção contra Requesens e que sua prisão foi feita sem "a presença de um promotor do Ministério Público para garantir os seus direitos".

"Aqui estamos por causa de um sequestro. Estamos diante de um crime de desaparecimento forçado que tem que ser levado às instâncias internacionais para que determine as responsabilidades não só de quem fez, mas também de que ordenou", disse ele.

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