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Parlamento alemão aprova circuncisão com supervisão médica

Após meses de polêmica sobre se a circuncisão implica ou não uma lesão física de caráter irreversível a uma criança, a câmera deu sinal verde ao projeto de lei

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 12 de dezembro de 2012 às 17h04.

Berlim - O Parlamento alemão (Bundestag) aprovou nesta quarta-feira a lei que regula a circuncisão de menores por razões religiosas, sejam judeus ou muçulmanos, e estabelece que a prática deve ser realizada com a devida supervisão médica.

Após meses de polêmica sobre se a circuncisão implica ou não uma lesão física de caráter irreversível a uma criança, a câmera deu sinal verde ao projeto de lei elaborado pelo governo de democratas-cristãos e liberais liderado pela chanceler Angela Merkel.

A normativa foi apoiada por 434 deputados, tanto das fileiras governamentais como da oposição, enquanto 100 parlamentares votaram contra e 46 se abstiveram.

A regulação prevê que a circuncisão pode ser praticada até o sexto mês de vida da criança e feita por uma pessoa com formação necessária (sem ser obrigatoriamente médico) escolhida pelas respectivas comunidades religiosas.

Também ficou estabelecido que a intervenção deve garantir "na medida do possível a ausência de dor" (em caso de dúvida o menor deverá ser sedado) e será proibida se existir "perigo para o bem-estar da criança".

Além disso, antes da circuncisão os pais deverão ser informados sobre possíveis riscos. O governo de Merkel elaborou o projeto de lei em caráter de urgência, após a polêmica causada por uma sentença emitida no final de junho por um tribunal alemão em resposta ao caso de um menino muçulmano.

A sentença qualificava a circuncisão em menores por motivos religiosos como uma "lesão física ilegal e sancionável", o que gerou uma onda de protestos nas comunidades judaica e muçulmana na Alemanha.

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A normativa foi apoiada por 434 deputados, tanto das fileiras governamentais como da oposição, enquanto 100 parlamentares votaram contra e 46 se abstiveram.

A regulação prevê que a circuncisão pode ser praticada até o sexto mês de vida da criança e feita por uma pessoa com formação necessária (sem ser obrigatoriamente médico) escolhida pelas respectivas comunidades religiosas.

Também ficou estabelecido que a intervenção deve garantir "na medida do possível a ausência de dor" (em caso de dúvida o menor deverá ser sedado) e será proibida se existir "perigo para o bem-estar da criança".

Além disso, antes da circuncisão os pais deverão ser informados sobre possíveis riscos. O governo de Merkel elaborou o projeto de lei em caráter de urgência, após a polêmica causada por uma sentença emitida no final de junho por um tribunal alemão em resposta ao caso de um menino muçulmano.

A sentença qualificava a circuncisão em menores por motivos religiosos como uma "lesão física ilegal e sancionável", o que gerou uma onda de protestos nas comunidades judaica e muçulmana na Alemanha.

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