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Parlamentares vão denunciar Maduro à Corte Interamericana

Segundo os parlamentares, o ato de queimar ajuda humanitária, constituída de alimentos e medicamentos, representa crime contra a humanidade

Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro (Miraflores Palace/Reuters)
AB

Agência Brasil

Publicado em 25 de fevereiro de 2019 às 06h37.

Última atualização em 25 de fevereiro de 2019 às 15h19.

A comissão especial para monitorar a ajuda humanitária internacional, formada por deputados federais da Assembleia Nacional da Venezuela , prepara denúncia contra direitos humanos e com acusações ao governo do presidente venezuelano, Nicolás Maduro, à Corte Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) e ao Tribunal Penal Internacional.

Comunicado divulgado pela Assembleia Nacional da Venezuela, por meio das redes sociais, informa que o grupo documentou detalhadamente os atos de violência na fronteira do Brasil com a Venezuela.

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O coordenador da comissão, deputado Miguel Pizarro, afirmou, em entrevista, que o ato de queimar ajuda humanitária, constituída de alimentos e medicamentos, representa crime contra a humanidade.

Crimes

"Crimes contra a humanidade não prescrevem e é importante lembrar que, no sábado [23], também houve ataques a um hospital onde os feridos foram tratados", disse o parlamentar.

Pizarro participou das ações de ajuda humanitária, acompanhado pelo vice-presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, Stalin González; os deputados federais Adriana Pichardo e Juan Andrés Mejías, além da ativista de direitos humanos Lilian Tintori, do médico voluntário, Julio Castro, e do coordenador voluntário da Venezuela, Daniel Liendo.

Segundo Pizarro, foi possível entrar com 50 toneladas de ajuda humanitária que serão entregues nos próximos dias.

Neutralidade

Para o vice-presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, Stalin González, não é possível assumir uma posição de neutralidade, como optaram os governos do Uruguai e México.

"Uruguai e México não podem ser neutros, quando o que estamos vendo aqui são aqueles que usurpam o poder e usam paramilitares armados e pessoas para atirar em uma população que quer tomar remédios e receber comida. Não se pode ser neutro sobre os crimes que estão acontecendo na Venezuela hoje", disse González.

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