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Parentes de tripulantes de submarino desaparecido cobram buscas

Queremos saber o que aconteceu, e que depois a Justiça determine as pessoas vinculadas ao acidente, disse um familiar

O submarino desapareceu dia 15 de novembro do ano passado e até agora não foi encontrado (Marcos Brindicci/Reuters)

O submarino desapareceu dia 15 de novembro do ano passado e até agora não foi encontrado (Marcos Brindicci/Reuters)

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EFE

Publicado em 27 de março de 2018 às 14h05.

Buenos Aires - Parentes das 44 pessoas que estavam a bordo do submarino argentino ARA San Juan quando a embarcação desapareceu no Atlântico Sul no dia 15 de novembro do ano passado pediram que os legisladores consigam melhores equipamentos de busca para encontrar o veículo e saber o que ocorreu com os entes queridos.

Cerca de 20 parentes dos tripulantes compareceram nesta terça-feira à Comissão Bicameral Especial Investigadora sobre o Desaparecimento, Busca e Operações de Resgate do Submarino constituída na semana passada com o senador José Ojeda como presidente.

"O que estamos querendo é uma decisão política de buscar, de encontrar, de saber o que aconteceu, e que depois a Justiça determine se houve corrupção ou pessoas vinculadas a esta nefasta extensão do ocorrido", expressou Daniel Coluccio, primo do suboficial Luis Leiva, ao discursar na sessão.

Coluccio criticou que os legisladores se concentram em discutir as metodologias da comissão 130 dias após o desaparecimento da embarcação, que, segundo sua opinião, está sendo procurado a um quilômetro de profundidade "com uma vara" e não com os elementos necessários levando em conta "a tecnologia que há hoje no mundo".

"Se não há corpo, é muito difícil encontrar o crime", disse Coluccio, ao cobrar que o Estado argentino transforme a busca do submarino em uma ordem.

Marta Vallejos, irmã do tripulante Celso Oscar, concordou ao dizer que, para encontrar culpados, primeiro "tem que haver uma evidência", e afirmou que os parentes querem ter os tripulantes com eles, "nas condições em que estiverem".

"As Forças Armadas estão obsoletas e não temos a tecnologia para buscar", acrescentou.

Na opinião de Jackeline Monzón, seu irmão Jorge não está morto, mas "desaparecido", por isso pediu que o foco principal seja encontrar os tripulantes.

"Não me serve de nada que me tragam o culpado e eu seguir com a incerteza de onde está o meu irmão. Não encontro a felicidade. Arrancaram um pedaço da minha vida e tento de buscar a saída todos os dias, mas não encontro. Quero saber onde está o meu irmão com os seus companheiros", declarou.

 

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