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Parceria com GM preocupa investidores da Nissan

Analistas dizem que japonesa poderia ser derrubada por problemas da concorrente

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 12 de outubro de 2010 às 18h39.

Apesar de as diretorias da Nissan e da Renault terem aprovado, na segunda-feira (3/7), a proposta de que seu presidente-executivo Carlos Ghosn busque uma aliança com a americana General Motors (GM), investidores da montadora japonesa mostraram que ainda não estão convencidos dos benefícios que a empresa pode conseguir com a parceria.

De acordo como jornal americano The Wall Street Journal, analistas no Japão temem que uma aliança da Nissan com a GM, que enfrenta problemas financeiros, poderia mais prejudicar a japonesa do que ajudá-la. A GM tem sofrido com quedas nas vendas na América do Norte, custos trabalhistas altos e competição de montadoras asiáticas - especialmente da Toyota. No ano passado, a americana registrou um prejuízo de 10,6 bilhões de dólares, e conseguiu um lucro magro no primeiro trimestre de 2006. O projeto da companhia é fechar 12 fábricas até 2008.

"Não podemos descartar a possibilidade de a Nissan ser levada para baixo junto com a GM", afirma Hitoshi Yamamoto, presidente do Commerz International Capital Management, no Japão. Analistas afirmam não encontrar benefícios significativos à Nissan que resultem da parceria com a GM, e afirmam que o acordo poderia distrair a diretoria da japonesa em um momento difícil para a companhia.

As vendas têm preocupado a montadora, principalmente no Japão - o volume de veículos comercializados caiu 10,2% nos primeiros cinco meses de 2006, em comparação ao mesmo período de 2005. Nos Estados Unidos, as vendas caíram 3,1%, e na Europa, 4,9%.

Já o ministro da Indústria francês, François Loos, pediu que a Renault tenha precaução ao decidir quanto à aliança com a GM, ainda que o negócio repersente uma abertura do mercado americano à companhia. O governo também poderá participar da decisão, pois possui 15% da companhia. Nissan e Renault detêm ações uma da outra: enquanto a Nissan possui 15% da Renault, esta tem 44% da japonesa.

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