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Parceiros de Merkel voltam a atacar política de refugiados

Em carta, eles pedem uma proteção mais eficaz das fronteiras alemãs e o estabelecimento de um teto máximo de 200.000 refugiados por ano

Angela Merkel: a chanceler rejeitou em várias ocasiões essa proposta por considerar que o direito de asilo não pode ter limites numéricos (REUTERS/Susana Vera)
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Da Redação

Publicado em 26 de janeiro de 2016 às 13h12.

Berlim - Os parceiros bávaros da chanceler alemã, Angela Merkel , membros da grande coalizão de Berlim, deram nesta terça-feira mais um passo em suas críticas à política de refugiados e exigiram por escrito uma mudança nessa gestão, sob a ameaça de recorrer ao Tribunal Constitucional.

"A carta de Horst Seehofer (líder da União Social-Cristã, CSU, da Baviera) é um anúncio de ruptura de coalizão", afirmou à imprensa o chefe do grupo parlamentar do Partido Social-Democrata (SPD), Thomas Oppermann, em representação do terceiro partido da grande coalizão.

"A CSU tem que decidir se quer estar na oposição ou no governo", reforçou o dirigente social-democrata.

A carta, aprovada pela executiva regional da Baviera onde a CSU governa com maioria absoluta e assinada pelo chefe desse agrupamento, pede uma proteção mais eficaz das fronteiras alemãs e o estabelecimento de um teto máximo de 200.000 refugiados por ano, seguindo o exemplo da Áustria.

Merkel rejeitou em várias ocasiões essa proposta por considerar que o direito de asilo não pode ter limites numéricos e, cética perante soluções nacionais à crise dos refugiados, segue apostando em uma resposta internacional e europeia.

"Quando em uma relação já não se pode falar se começam a escrever cartas e, quando se esgotam as cartas, é hora de ir aos tribunais", ressaltou Oppermann em referência às fendas abertas entre os parceiros conservadores da grande coalizão.

O grosso dos refugiados que chega à Alemanha, que recebeu em 2015 cerca de 1,1 milhão de solicitantes de asilo, entra através da Baviera, fronteiriça com a Áustria.

A CSU se opõe há semanas à política de refugiados da chanceler e, além disso, conta com o respaldo dos setores mais conservadores da CDU de Merkel.

Oppermann pediu a Merkel que ponha ordem em suas fileiras e criticou que na bancada conservadora surjam permanentemente vozes que propõem saídas à crise contrárias à política projetada pela chanceler.

A última iniciativa nesse sentido foi formulada pela chefe da CDU na Renânia-Palatinado, Julia Klöckner, vice-presidente do partido em nível federal, que propôs a criação de centros de amparada nas fronteiras, onde pudesse haver deportações imediatas para os que não tenham direito a asilo.

Além disso, Klöckner, que já está envolvida com as eleições regionais em março, sugeriu criar contingentes diários, segundo a capacidade de amparada que haja nesse momento nos municípios alemães.

O dirigente social-democrata advertiu que as atuais vozes discrepantes representam um alento aos partidos de extrema-direita, que insistem em acusar o governo de inoperância na crise dos refugiados.

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Berlim - Os parceiros bávaros da chanceler alemã, Angela Merkel , membros da grande coalizão de Berlim, deram nesta terça-feira mais um passo em suas críticas à política de refugiados e exigiram por escrito uma mudança nessa gestão, sob a ameaça de recorrer ao Tribunal Constitucional.

"A carta de Horst Seehofer (líder da União Social-Cristã, CSU, da Baviera) é um anúncio de ruptura de coalizão", afirmou à imprensa o chefe do grupo parlamentar do Partido Social-Democrata (SPD), Thomas Oppermann, em representação do terceiro partido da grande coalizão.

"A CSU tem que decidir se quer estar na oposição ou no governo", reforçou o dirigente social-democrata.

A carta, aprovada pela executiva regional da Baviera onde a CSU governa com maioria absoluta e assinada pelo chefe desse agrupamento, pede uma proteção mais eficaz das fronteiras alemãs e o estabelecimento de um teto máximo de 200.000 refugiados por ano, seguindo o exemplo da Áustria.

Merkel rejeitou em várias ocasiões essa proposta por considerar que o direito de asilo não pode ter limites numéricos e, cética perante soluções nacionais à crise dos refugiados, segue apostando em uma resposta internacional e europeia.

"Quando em uma relação já não se pode falar se começam a escrever cartas e, quando se esgotam as cartas, é hora de ir aos tribunais", ressaltou Oppermann em referência às fendas abertas entre os parceiros conservadores da grande coalizão.

O grosso dos refugiados que chega à Alemanha, que recebeu em 2015 cerca de 1,1 milhão de solicitantes de asilo, entra através da Baviera, fronteiriça com a Áustria.

A CSU se opõe há semanas à política de refugiados da chanceler e, além disso, conta com o respaldo dos setores mais conservadores da CDU de Merkel.

Oppermann pediu a Merkel que ponha ordem em suas fileiras e criticou que na bancada conservadora surjam permanentemente vozes que propõem saídas à crise contrárias à política projetada pela chanceler.

A última iniciativa nesse sentido foi formulada pela chefe da CDU na Renânia-Palatinado, Julia Klöckner, vice-presidente do partido em nível federal, que propôs a criação de centros de amparada nas fronteiras, onde pudesse haver deportações imediatas para os que não tenham direito a asilo.

Além disso, Klöckner, que já está envolvida com as eleições regionais em março, sugeriu criar contingentes diários, segundo a capacidade de amparada que haja nesse momento nos municípios alemães.

O dirigente social-democrata advertiu que as atuais vozes discrepantes representam um alento aos partidos de extrema-direita, que insistem em acusar o governo de inoperância na crise dos refugiados.

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