Paraísos financeiros bloqueiam bens de clã de Yanukovytch
Suíça, Áustria e Liechtenstein decidiram atacar portfólio do ex-presidente ucraniano, enquanto sanções prometidas pela UE não se concretizam
Da Redação
Publicado em 28 de fevereiro de 2014 às 18h09.
Suíça, Áustria e Liechtenstein, paraísos financeiros muito apreciados pelos oligarcas, decidiram atacar o portfólio do presidente ucraniano destituído Viktor Yanukovytch e de seu clã, enquanto as sanções prometidas pela UE demoram a se concretizar.
Viena anunciou o congelamento das contas bancárias de 18 cidadãos ucranianos suspeitos de atentar contra os direitos humanos e de corrupção, mas não divulgou seus nomes.
Já o governo suíço ordenou o congelamento dos bens de vinte autoridades ucranianas, entre elas o próprio presidente destituído, seu filho Alexander e vários ministros do governo anterior.
E Liechtenstein seguiu o exemplo, publicando uma ordem idêntica à de Berna, com a mesma lista de afetados.
Ao mesmo tempo, as autoridades judiciais de Genebra anunciaram o lançamento de uma investigação criminal contra o presidente deposto e seu filho por " lavagem de dinheiro ".
A decisão, solicitada pelo governo de transição em Kiev, foi apresentada em Viena como "uma medida de segurança provisória até a entrada em vigor das medidas da União Europeia".
A UE decidiu em 20 de fevereiro adotar sanções específicas, incluindo a proibição de vistos e o congelamento de bens de personalidades com ligações diretas com Yanukovytch.
Até o momento, nenhuma medida entrou em vigor, e Bruxelas parece disposta a adiar essa decisão. "O trabalho técnico continua", disse uma fonte ligada ao caso, sugerindo que as sanções não são uma prioridade.
"Nenhuma decisão política foi tomada nesta fase", indicou o porta-voz da Comissão, Olivier Bailly, em Bruxelas. "Não há, no momento, uma decisão final dos Estados membros sobre o alcance dessas sanções", insistiu.
De acordo com observadores citados pela agência austríaca APA, a hesitação da Europa fez com que a Áustria decidisse agir.
Viena é considerada em Kiev como um paraíso financeiro para os oligarcas que se enriqueceram graças a Yanukovytch. Além disso, sua reputação está em jogo na Europa, já que é um dos últimos redutos de resistência aos esforços da UE para melhorar a transparência das atividades bancárias.
Para a Suíça, o governo "quer evitar qualquer possível utilização indevida de recursos públicos ucranianos".
Entre os visados por essas sanções na Áustria, os nomes mais citados são o do ex-premiê Mykola Azarov e do ex-chefe de gabinete presidencial Andreï Kliuev.
Os dois também constam na lista divulgada pelas autoridades suíças, que também inclui onze ex-ministros do governo destituído, além do ex-procurador-geral, do prefeito da cidade Kharkov e do governador da província de Kharkov.
Suíça, Áustria e Liechtenstein, paraísos financeiros muito apreciados pelos oligarcas, decidiram atacar o portfólio do presidente ucraniano destituído Viktor Yanukovytch e de seu clã, enquanto as sanções prometidas pela UE demoram a se concretizar.
Viena anunciou o congelamento das contas bancárias de 18 cidadãos ucranianos suspeitos de atentar contra os direitos humanos e de corrupção, mas não divulgou seus nomes.
Já o governo suíço ordenou o congelamento dos bens de vinte autoridades ucranianas, entre elas o próprio presidente destituído, seu filho Alexander e vários ministros do governo anterior.
E Liechtenstein seguiu o exemplo, publicando uma ordem idêntica à de Berna, com a mesma lista de afetados.
Ao mesmo tempo, as autoridades judiciais de Genebra anunciaram o lançamento de uma investigação criminal contra o presidente deposto e seu filho por " lavagem de dinheiro ".
A decisão, solicitada pelo governo de transição em Kiev, foi apresentada em Viena como "uma medida de segurança provisória até a entrada em vigor das medidas da União Europeia".
A UE decidiu em 20 de fevereiro adotar sanções específicas, incluindo a proibição de vistos e o congelamento de bens de personalidades com ligações diretas com Yanukovytch.
Até o momento, nenhuma medida entrou em vigor, e Bruxelas parece disposta a adiar essa decisão. "O trabalho técnico continua", disse uma fonte ligada ao caso, sugerindo que as sanções não são uma prioridade.
"Nenhuma decisão política foi tomada nesta fase", indicou o porta-voz da Comissão, Olivier Bailly, em Bruxelas. "Não há, no momento, uma decisão final dos Estados membros sobre o alcance dessas sanções", insistiu.
De acordo com observadores citados pela agência austríaca APA, a hesitação da Europa fez com que a Áustria decidisse agir.
Viena é considerada em Kiev como um paraíso financeiro para os oligarcas que se enriqueceram graças a Yanukovytch. Além disso, sua reputação está em jogo na Europa, já que é um dos últimos redutos de resistência aos esforços da UE para melhorar a transparência das atividades bancárias.
Para a Suíça, o governo "quer evitar qualquer possível utilização indevida de recursos públicos ucranianos".
Entre os visados por essas sanções na Áustria, os nomes mais citados são o do ex-premiê Mykola Azarov e do ex-chefe de gabinete presidencial Andreï Kliuev.
Os dois também constam na lista divulgada pelas autoridades suíças, que também inclui onze ex-ministros do governo destituído, além do ex-procurador-geral, do prefeito da cidade Kharkov e do governador da província de Kharkov.