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Paraguai quer liberdade para negociar fora do Mercosul

Segundo presidente, país tentará que seus parceiros do Mercosul deem margem para poder negociar acordos comerciais bilaterais de forma independente

Horácio Cartes: presidente afirmou esperar que o Paraguai seja reintegrado como membro pleno do Mercosul no início de 2014 (Jorge Adorno/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 19 de setembro de 2013 às 22h52.

Assunção - O Paraguai tentará que seus parceiros do Mercosul deem margem de manobra para o país negociar acordos comerciais bilaterais de forma independente, disse nesta quinta-feira o presidente paraguaio, Horacio Cartes, que está negociando a readmissão de seu país ao bloco sul-americano.

Em entrevista à Reuters, Cartes afirmou esperar que o Paraguai seja reintegrado como membro pleno do Mercosul no início de 2014, após a suspensão temporária do país em protesto contra o rápido processo político que destituiu o ex-presidente Fernando Lugo no ano passado.

"A predisposição (para o retorno) existe. Se é sobre um tempo que você está perguntando, eu diria que no início de 2014", disse ele na residência presidencial "Mburuvicha roga", um termo em guarani que significa "a casa do chefe".

"E seria bom que os países (do Mercosul) tenham independência em poder buscar mercados que não sejam do interesse de outros, mas de alguns, e que os países tenham a liberdade de fazer essas negociações", acrescentou Cartes, que acaba de completar seu primeiro mês no cargo.

As regras do Mercosul não permitem que seus membros negociem de forma bilateral com países de fora da região, um benefício que o Uruguai reclamou no passado, mas sem êxito.

O pedido poderia provocar novas tensões no enfraquecido bloco também formado por Argentina, Brasil e a recente integrada Venezuela.

O Paraguai é o menor membro do Mercosul, com uma economia ligada à exportação de matérias-primas como soja e carne bovina. A suspensão imposta em junho de 2012, que não implicou sanções econômicas, perdeu o efeito após a chegada ao poder de Cartes em 15 de agosto.

O presidente, no entanto, questionou a aprovação da adesão da Venezuela como membro pleno durante a ausência do Paraguai e espera uma solução para o problema jurídico.

Enquanto isso, Cartes tem procurado reforçar as relações bilaterais se aproximando da Aliança do Pacífico, que compreende Chile, Colômbia, México e Peru.

O processo para a reintegração do país ao Mercosul é um dos temas que o presidente pretende abordar em visita oficial ao Brasil em 30 de setembro.

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Em entrevista à Reuters, Cartes afirmou esperar que o Paraguai seja reintegrado como membro pleno do Mercosul no início de 2014, após a suspensão temporária do país em protesto contra o rápido processo político que destituiu o ex-presidente Fernando Lugo no ano passado.

"A predisposição (para o retorno) existe. Se é sobre um tempo que você está perguntando, eu diria que no início de 2014", disse ele na residência presidencial "Mburuvicha roga", um termo em guarani que significa "a casa do chefe".

"E seria bom que os países (do Mercosul) tenham independência em poder buscar mercados que não sejam do interesse de outros, mas de alguns, e que os países tenham a liberdade de fazer essas negociações", acrescentou Cartes, que acaba de completar seu primeiro mês no cargo.

As regras do Mercosul não permitem que seus membros negociem de forma bilateral com países de fora da região, um benefício que o Uruguai reclamou no passado, mas sem êxito.

O pedido poderia provocar novas tensões no enfraquecido bloco também formado por Argentina, Brasil e a recente integrada Venezuela.

O Paraguai é o menor membro do Mercosul, com uma economia ligada à exportação de matérias-primas como soja e carne bovina. A suspensão imposta em junho de 2012, que não implicou sanções econômicas, perdeu o efeito após a chegada ao poder de Cartes em 15 de agosto.

O presidente, no entanto, questionou a aprovação da adesão da Venezuela como membro pleno durante a ausência do Paraguai e espera uma solução para o problema jurídico.

Enquanto isso, Cartes tem procurado reforçar as relações bilaterais se aproximando da Aliança do Pacífico, que compreende Chile, Colômbia, México e Peru.

O processo para a reintegração do país ao Mercosul é um dos temas que o presidente pretende abordar em visita oficial ao Brasil em 30 de setembro.

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