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Paraguai ordena que Banco Central imponha sanções financeiras à Venezuela

A decisão foi adotada em conjunto na última sexta-feira pelos governos que fazem parte do Grupo de Lima

Maduro: com a exceção do México, todos os países do Grupo Lima consideram o segundo mandato de Maduro ilegítimo (Palácio de Miraflores/Reuters)

Maduro: com a exceção do México, todos os países do Grupo Lima consideram o segundo mandato de Maduro ilegítimo (Palácio de Miraflores/Reuters)

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EFE

Publicado em 11 de janeiro de 2019 às 16h27.

Assunção - O governo do Paraguai ordenou nesta sexta-feira que o Banco Central do país imponha as medidas financeiras contra a Venezuela aprovadas pelo Grupo de Lima em resposta à posse de Nicolás Maduro para seu segundo mandato.

Entre as sanções está a elaboração de uma lista de pessoas e entidades com as quais empresas e cidadãos paraguaios não poderão realizar operações financeiras.

O anúncio foi feito pelo vice-ministro de Relações Exteriores do Paraguai, Hugo Saguier, que explicou que a iniciativa terá efeito sobre "ativos e contas" que tiverem relação com a Venezuela.

A decisão foi adotada em conjunto na última sexta-feira pelos governos que fazem parte do Grupo de Lima. Com exceção do México, os outros 13 países do bloco publicaram uma declaração conjunta para classificar como "ilegítimo" a eleição vencida por Maduro.

Ontem, o presidente do Paraguai, Mario Abdo Benítez, anunciou o rompimento das relações diplomáticas do país com a Venezuela e o fechamento da embaixada paraguaia em Caracas.

Saguier informou que os diplomatas do país na Venezuela já voltaram ao Paraguai e que Abdo Benítez estabeleceu um "prazo razoável" para que os funcionários da embaixada venezuelana em Assunção deixem o país.

A partir de agora, os paraguaios que vivem na Venezuela deverão procurar o Consulado do Uruguai em Caracas para solucionar qualquer problema de caráter diplomático.

Questionado por jornalistas, o vice-chanceler do Paraguai negou que a medida tenha impacto negativo sobre o país e defendeu que o dever da presidência é "não reconhecer governos ilegítimos".

"O que vamos perder? Absolutamente nada. Não vamos perder nada por não ter relações com um ditador", afirmou Saguier.

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