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Paraguai desmonta esquema de lavagem de dinheiro do PCC no país

A estrutura se dedicava a criar empresas e adquirir bens com dinheiro procedente de atividades ilícitas, como o narcotráfico

A estrutura se dedicava a criar empresas e adquirir bens com dinheiro procedente de atividades ilícitas, como o narcotráfico (Arquivo/ Veja)
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EFE

Publicado em 24 de dezembro de 2016 às 14h30.

Assunção - As autoridades do Paraguai identificaram e desmantelaram uma estrutura financeira usada pelo Primeiro Comando da Capital ( PCC ) para lavar dinheiro no país, após uma investigação realizada em várias cidades e que acabou com dois presos.

A estrutura se dedicava a criar empresas e adquirir bens com dinheiro procedente de atividades ilícitas, como o narcotráfico, informou a Secretaria Nacional Antidrogas do Paraguai (Senad).

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A Senad cita como uma dessas empresas a RSS Internacional S.A., que desde sua criação, em 2013, teve receita de US$ 3,7 milhões. A empresa teria sido fundada por Ronald Rodrigo Benites, embora as autoridades acreditem que seu verdadeiro nome seja Elton Leonel Rumich, um importante membro da quadrilha paulista.

A investigação das autoridades paraguaias se estendeu durante oito meses. Seis operações foram realizadas no departamento de Concepción e na cidade de Pedro Juan Caballero, na fronteira com o Brasil.

Um dos locais fiscalizados corresponde a uma suposta empresa de criação de gado de Rumich. Os agentes também realizaram uma operação de busca e apreensão em um imóvel avaliado em US$ 100 mil, que seria propriedade de um dos sócios de Rumich na cidade.

Foram presos nas ações Maximiliano Ramírez, ligado à administração da RSS Internacional, e Claudio Melgarejo, detido em uma rua de Pedro Juan Caballero e suspeito de participar do esquema.

De acordo com a Senad, o esquema investigado se baseia em criar empresas de fechada, legalmente constituídas, para realizar grandes transações em dinheiro, comprar imóveis e veículos importados. Toda a movimentação é bancada com verbas do narcotráfico.

A Senad destacou como "relevante" a "presença ativa" de membros do PCC atuando como sócios e acionistas dessas empresas.

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