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Paraguai aceita Venezuela no Mercosul, diz Cartes

Presidente apontou, entretanto, para um problema jurídico gerado com a incorporação do país sem a presença paraguaia

Horácio Cartes, recém eleito presidente do Paraguai, durante conferência de imprensa após reunião no Banco Central em Assunção (Jorge Adorno/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 16 de agosto de 2013 às 18h45.

Assunção - O Paraguai voltará ao Mercosul quando os ministros das Relações Exteriores do bloco encontrarem maneiras de resolver o problema jurídico que foi gerado com a incorporação da Venezuela sem a presença paraguaia, disse nesta sexta-feira o presidente Horacio Cartes.

Cartes assumiu o governo paraguaio na quinta-feira, deixando para trás uma sanção imposta pelo Mercosul ao Paraguai por considerar que o impeachment do socialista Fernando Lugo, no ano passado, foi uma ruptura democrática.

Mas o Paraguai questiona a decisão tomada pelo bloco regional de concluir a adesão da Venezuela durante a sua suspensão.

"Nós na realidade não temos problema com a entrada da Venezuela, há um problema de interpretação que para nós tem que ser por unanimidade", afirmou Cartes em sua primeira entrevista coletiva como presidente.

"Há um problema que é jurídico, mas politicamente não temos nenhum problema com a entrada da Venezuela ou de outro país... vamos deixar que os chanceleres encontrem a maneira de resolver, vai demorar um pouco", disse o presidente, de 57 anos.

Cartes recebeu apoio dos presidentes do Brasil, Argentina e Uruguai, que estiveram presentes na sua posse, e teve reuniões bilaterais para destravar a situação.

O Paraguai não recebeu sanções econômicas, e os três líderes enfatizaram a importância da volta ao Mercosul do pequeno país produtor de matérias-primas, que destina 25 por cento das suas exportações ao bloco.

Analistas acreditam que uma opção para o retorno é dezembro, quando a Venezuela deixa a presidência temporária que ocupa atualmente. Cartes não quis arriscar uma data, mas reiterou a sua disponibilidade para o diálogo, especialmente com a presidente Dilma Rousseff, a quem deve visitar em breve.

"Há casamentos que ninguém vai dissolver. Paraguai e Brasil estão casados", disse Cartes, pouco antes de um encontro com empresários sobre seu vizinho e parceiro da gigante hidrelétrica de Itaipu.

O presidente pretende participar da reunião da União de Nações Sul-Americanas (Unasul), que também recentemente retirou uma sanção contra o Paraguai, marcada para 30 de agosto no Suriname.

O chanceler Eladio Loizaga anunciou que o Brasil pediu um acordo para designar um embaixador em Assunção, que irá se juntar aos representantes recém-chegados de Uruguai e Peru.

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Assunção - O Paraguai voltará ao Mercosul quando os ministros das Relações Exteriores do bloco encontrarem maneiras de resolver o problema jurídico que foi gerado com a incorporação da Venezuela sem a presença paraguaia, disse nesta sexta-feira o presidente Horacio Cartes.

Cartes assumiu o governo paraguaio na quinta-feira, deixando para trás uma sanção imposta pelo Mercosul ao Paraguai por considerar que o impeachment do socialista Fernando Lugo, no ano passado, foi uma ruptura democrática.

Mas o Paraguai questiona a decisão tomada pelo bloco regional de concluir a adesão da Venezuela durante a sua suspensão.

"Nós na realidade não temos problema com a entrada da Venezuela, há um problema de interpretação que para nós tem que ser por unanimidade", afirmou Cartes em sua primeira entrevista coletiva como presidente.

"Há um problema que é jurídico, mas politicamente não temos nenhum problema com a entrada da Venezuela ou de outro país... vamos deixar que os chanceleres encontrem a maneira de resolver, vai demorar um pouco", disse o presidente, de 57 anos.

Cartes recebeu apoio dos presidentes do Brasil, Argentina e Uruguai, que estiveram presentes na sua posse, e teve reuniões bilaterais para destravar a situação.

O Paraguai não recebeu sanções econômicas, e os três líderes enfatizaram a importância da volta ao Mercosul do pequeno país produtor de matérias-primas, que destina 25 por cento das suas exportações ao bloco.

Analistas acreditam que uma opção para o retorno é dezembro, quando a Venezuela deixa a presidência temporária que ocupa atualmente. Cartes não quis arriscar uma data, mas reiterou a sua disponibilidade para o diálogo, especialmente com a presidente Dilma Rousseff, a quem deve visitar em breve.

"Há casamentos que ninguém vai dissolver. Paraguai e Brasil estão casados", disse Cartes, pouco antes de um encontro com empresários sobre seu vizinho e parceiro da gigante hidrelétrica de Itaipu.

O presidente pretende participar da reunião da União de Nações Sul-Americanas (Unasul), que também recentemente retirou uma sanção contra o Paraguai, marcada para 30 de agosto no Suriname.

O chanceler Eladio Loizaga anunciou que o Brasil pediu um acordo para designar um embaixador em Assunção, que irá se juntar aos representantes recém-chegados de Uruguai e Peru.

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