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Para portugueses, Scherer é um dos favoritos para novo papa

Os dois principais jornais de Portugal especulam que o novo papa não será europeu


	O arcebispo de São Paulo, dom Odilo Pedro Scherer: o jornal Público lembra que Scherer tem “origens alemãs” e goza de “suficientes amizades entre os italianos”
 (Wikimedia Commons)

O arcebispo de São Paulo, dom Odilo Pedro Scherer: o jornal Público lembra que Scherer tem “origens alemãs” e goza de “suficientes amizades entre os italianos” (Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 12 de março de 2013 às 09h21.

Lisboa – Os portugueses consideram que o arcebispo de São Paulo, dom Odilo Scherer, é um dos favoritos para substituir o papa emérito Bento XVI. Com base em informações de veículos especializados em Igreja Católica, os dois principais jornais de Portugal especulam que o novo papa não será europeu.

Segundo chamada de primeira página do Diário de Notícias, há “dois norte-americanos e um brasileiro entre os favoritos para novo papa”. O tradicional jornal português relaciona Scherer ao lado dos cardeais Sean O' Malley (arcebispo de Boston) e Timothy Dolan (arcebispo de Nova York), além do canadense Marc Ouellet (prefeito da Congregação dos Bispos, em Roma).

O jornal Público pergunta em sua reportagem na seção Destaque: “Sairá o papa de uma igreja vigorosa com a brasileira?” O jornal lembra que dom Odilo Scherer tem “origens alemãs”, goza de “suficientes amizades entre os italianos”, foi da Congregação dos Bispos por sete anos e é “um dos cinco cardeais responsáveis pela supervisão do Banco do Vaticano”.

Além do posicionamento de Scherer dentro do Vaticano, os portugueses ressaltam que o Brasil é o país com maior número de católicos. Na transmissão ao vivo da missa que antecede a realização do conclave em Roma, a emissora pública RTP (Rádio e Televisão de Portugal) exibia a legenda “Brasil continua a ser o país com mais católicos, com 164 milhões”.

De acordo com o Censo Demográfico 2010 (IBGE), apesar do catolicismo manter-se como religião majoritária entre os brasileiros, a proporção caiu de 73,6% do total da população em 2000 para 64,6% em 2010. A porcentagem é inferior à de outros países da Europa como Portugal, onde oito de cada dez habitantes se declara católico.

Historicamente, os europeus predominam no posto de papa. De 265 homens que sucederam São Pedro, 254 tinham origem europeia (95%). Dos 115 cardeais eleitores no conclave que começou hoje (12) 60 são da Europa (28 italianos); 19, da América Latina; 14, da América do Norte; 11, da África; dez, da Ásia; e um da Oceania.

Entre os cardeais votantes dois são portugueses: o arcebispo de Lisboa, José Policarpo, e o cardeal em Roma Manuel Monteiro de Castro, responsável pela Penitenciária Apostólica.

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