Para países europeus, acordo de Paris não pode ser renegociado
A declaração foi emitida logo após a decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de retirar o país do pacto climático
Estadão Conteúdo
Publicado em 1 de junho de 2017 às 19h09.
Os chefes de governo da Alemanha, França e Itália divulgaram um comunicado nesta quinta-feira, afirmando que acreditam "firmemente" que o Acordo de Paris sobre o clima não pode ser renegociado.
A declaração foi emitida logo após a decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de retirar o país do pacto climático.
"Consideramos irreversível o impulso gerado em Paris em dezembro de 2015 e acreditamos firmemente que o acordo não pode ser renegociado porque é um instrumento vital para o nosso planeta, sociedades e economias", disseram os líderes dos três países na declaração.
Além disso, o gabinete da presidência da França afirmou que o presidente Emmanuel Macron conversou com Trump por telefone e reforçou que o pacto não poderia ser renegociado.
O primeiro-ministro da Itália, Paolo Gentiloni, a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, e Macron afirmaram que estão convencidos de que a implementação do Acordo de Paris oferece "substanciais oportunidades econômicas para a prosperidade e o crescimento nos países em escala global".
Eles ainda pediram que seus aliados acelerem os esforços para combater as mudanças climáticas e disseram que farão mais para ajudar os países em desenvolvimento a se adaptarem ao acordo.
Além dos três países, a ministra do Meio Ambiente do Canadá, Catherine McKenna, afirmou que o país está "profundamente desapontado" pela decisão dos EUA.
Já os prefeitos das principais cidades do mundo afirmaram que continuam comprometidos com o Acordo de Paris, ao fizerem, em um comunicado, que as cidades americanas podem continuar a desempenhar um papel na tentativa de prevenir o aquecimento global catastrófico.
Para a prefeita de Paris, Anne Hidalgo, a mudança climática "representa uma ameaça única para o futuro do nosso planeta e coloca em perigo a saúde, a prosperidade, a segurança e a própria sobrevivência de nossos filhos e netos".